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O ministro das Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou nesta quinta-feira (1º) que o governo chegou a um acordo com vários partidos de oposição para adiar a eleição presidencial em um mês. Rodríguez fez o anúncio após assinar um acordo hoje com representantes de vários partidos que romperam com a principal coalizão oposicionista, que decidiu boicotar a eleição de 22 de abril por considerá-la ilegal. O evento aconteceu na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas.
As eleições legislativas, que estavam marcadas para dezembro de 2020 e serão antecipadas em dois anos, vão ocorrer na mesma data conforme acordo entre o governo e a oposição.
A votação presidencial, na qual o ditador Nicolás Maduro tentará a reeleição, já havia sofrido mudanças no calendário, com antecipação de dezembro para abril.
A coalizão oposicionista prometeu boicotar a eleição, a menos que o governo tome medidas para garantir uma disputa justa. Uma exigência era o adiamento da disputa, o que daria aos partidos mais tempo para se preparar.
O prazo para a inscrição de candidaturas termina hoje (1º).
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Rodríguez não deu uma data precisa, mas disse que a disputa eleitoral ocorreria na segunda metade de maio e coincidiria com as eleições legislativas locais e estaduais pelo país.
O governo e os partidos também concordaram em sugerir à Organização das Nações Unidas (ONU) que acompanhe todas as fases do processo eleitoral no país. Além disso, está prevista uma reinstalação dos centros de votação.
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Até o momento, já apresentaram candidatura à presidência o ex-chavista Henri Falcón, o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.
Os Estados Unidos, a União Europeia e vários países da América Latina afirmaram que não reconhecerão o pleito venezuelano devido às condições da disputa.
Com informações da Associated Press.