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América Latina

Eleições no Equador começam nesta quinta-feira com votação dentro de presídios

O Equador enfrenta um novo estado de exceção após o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio (Foto: EFE/José Jácome)

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A votação para as eleições presidenciais e legislativas extraordinárias no Equador começou nesta quinta-feira (17) com a participação dos presos sem sentença definitiva, um processo que ocorre dentro dos presídios.

No total, 4.756 cidadãos estão habilitados a exercer o direito de voto em 39 Centros de Reabilitação Social, nos quais foram instaladas 62 mesas de votação em 20 províncias.

Ao inaugurar a jornada, Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), agradeceu o apoio das Forças Armadas e da polícia por garantir a segurança nos locais de votação.

Os votos recebidos hoje serão contabilizados assim que a jornada eleitoral terminar no próximo domingo (20).

Luis Ordóñez, diretor do Serviço Nacional de Atendimento Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI), órgão responsável pelas prisões, garantiu que a votação é “uma prova tangível de democracia inclusiva”.

“Este evento demonstra o compromisso inabalável do Estado em respeitar e garantir os direitos políticos das pessoas privadas de liberdade sem condenação cabível”, enfatizou.

No próximo domingo, os equatorianos irão às urnas para definir quem completará o mandato presidencial para o qual foi eleito o conservador Guillermo Lasso (2021-2025).

Em maio, o atual governante dissolveu o Parlamento, de  maioria opositora, quando a Casa se preparava para debater e votar sua destituição em um processo de impeachment por suposto peculato.

Ao mesmo tempo, invocou a chamada “morte cruzada”, prevista na Constituição, e solicitou a convocação de eleições extraordinárias, encurtando assim o seu mandato pela metade, razão pela qual quem o substituir governará até 24 de maio de 2025.

Sete candidatos concorrem à sucessão de Lasso. Na noite dessa quarta-feira (16), o CNE habilitou a candidatura presidencial de Christian Zurita para substituir Fernando Villavicencio, do movimento Constrói, assassinado na última semana por supostos pistoleiros colombianos.

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