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América Central

Eleito, ex-guerrilheiro acena aos EUA

Funes comemora com sua mulher, a brasileira Vanda Pignato, a vitória nas eleições: aliado de Lula quebra ciclo político | Jose Cabezas/AFP
Funes comemora com sua mulher, a brasileira Vanda Pignato, a vitória nas eleições: aliado de Lula quebra ciclo político (Foto: Jose Cabezas/AFP)
Veja que vitória de Funes põe fim a duas décadas de governo de direita |

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Veja que vitória de Funes põe fim a duas décadas de governo de direita

San Salvador - O presidente eleito de El Salvador, Mauricio Funes, da ex-guerrilha de esquerda Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), prometeu ontem fazer um governo de reconciliação nacional e de estreitos laços com os EUA, um dia após pôr fim nas urnas há duas décadas de gestão conservadora no país.

"Desejo uma política exterior independente. Quero a integração centro-americana e o fortalecimento da relação com os EUA’’, disse Funes a milhares de apoiadores.

Foi uma vitória histórica da ex-guerrilha FMLN, convertida em partido político em 1992, com o acordo de paz que encerrou 12 anos de guerra civil na qual lutou contra o governo, apoiado militarmente por Washington. Cerca de 75 mil pessoas morreram no conflito no país centro-americano.

O Departamento de Estado parabenizou Funes pela vitória e reiterou que Barack Obama cooperará com o novo governo, que toma posse em 1º de junho. A campanha governista havia inflado temores de que seu triunfo atrapalharia as cruciais relações com a Casa Branca.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, próximo do salvadorenho há anos, também telefonou para felicitá-lo.

Funes assumirá um país com mais da metade da população abaixo da linha de pobreza e, como os vizinhos de América Central, profundamente dependente da economia norte-americana, hoje em crise.

Cerca de 18% do PIB do país vem de remessas enviadas pelos mais de 2 milhões de salvadorenhos que vivem nos EUA.

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