Primeira-dama é brasileira
San Salvador - A futura primeira-dama de El Salvador, a advogada paulistana Vanda Pignato, 46 anos, crê que o Brasil pode usar o país como plataforma para ampliar a presença na América Central, onde "ela é menor do que poderia ser".
"Tornar-me primeira-dama me deixou muito orgulhosa", diz ela, que naturalizou-se salvadorenha e tem com o presidente eleito Mauricio Funes o garoto Gabriel, de 1 ano e 5 meses, que está com os avós no Brasil. "Sofremos ameaças e por isso mandei Bibi para o Brasil."
Vanda é filiada do PT e se mudou para El Salvador há 17 anos.
San Salvador - O presidente eleito de El Salvador, Mauricio Funes, da ex-guerrilha de esquerda Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), prometeu ontem fazer um governo de reconciliação nacional e de estreitos laços com os EUA, um dia após pôr fim nas urnas há duas décadas de gestão conservadora no país.
"Desejo uma política exterior independente. Quero a integração centro-americana e o fortalecimento da relação com os EUA, disse Funes a milhares de apoiadores.
Foi uma vitória histórica da ex-guerrilha FMLN, convertida em partido político em 1992, com o acordo de paz que encerrou 12 anos de guerra civil na qual lutou contra o governo, apoiado militarmente por Washington. Cerca de 75 mil pessoas morreram no conflito no país centro-americano.
O Departamento de Estado parabenizou Funes pela vitória e reiterou que Barack Obama cooperará com o novo governo, que toma posse em 1º de junho. A campanha governista havia inflado temores de que seu triunfo atrapalharia as cruciais relações com a Casa Branca.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, próximo do salvadorenho há anos, também telefonou para felicitá-lo.
Funes assumirá um país com mais da metade da população abaixo da linha de pobreza e, como os vizinhos de América Central, profundamente dependente da economia norte-americana, hoje em crise.
Cerca de 18% do PIB do país vem de remessas enviadas pelos mais de 2 milhões de salvadorenhos que vivem nos EUA.
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