Eleitores votaram fortemente a favor da redução drástica do número de dispensários de maconha medicinal autorizados a operar em Los Angeles, e também defenderam o aumento de impostos sobre a venda de maconha por razões de saúde, mostrou o resultado inicial de um referendo nesta quarta-feira (22).
O resultado mostrou que 63% dos eleitores apoiam as medidas, em comparação com 37% que são contra, após apuração de mais de 40% dos votos depositados presencialmente na terça-feira (21) e de todas as cédulas enviadas por correio desde sexta (17).
Duas medidas rivais pareciam prováveis de serem derrotadas, com votos "não" superando largamente os votos "sim" para cada uma.
Estima-se que pelo menos 800 lojas de cannabis medicinal estejam em operação em Los Angeles, mais do que em qualquer outra cidade dos EUA, e alguns moradores se queixaram de que os dispensários são uma praga em seus bairros.
A proposição D, colocada em votação na terça-feira pela Câmara Municipal, limita o número de dispensários a 135, disse Rigo Valdez, diretor do United Food and Commercial Workers (UFCW), um sindicato local que apoia a medida.
A Califórnia foi o primeiro de 18 Estados dos EUA a legalizar o uso da maconha para fins medicinais. Mas a maconha permanece classificada como um narcótico ilegal sob a lei dos EUA, e diversos dispensários em Los Angeles e outros localidades foram invadidos ou forçados a encerrar suas atividades pelas autoridades federais, que acusaram as instalações de serem fachadas para o tráfico de drogas.