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Guerrilha

ELN suspende negociações de paz com o governo da Colômbia

Sexto ciclo de diálogos entre o ELN e o governo colombiano desde novembro de 2022 foi realizado em Havana no início de fevereiro (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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A guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), que abriu negociações de paz com o governo da Colômbia em novembro de 2022, anunciou a suspensão das conversas com a gestão do presidente Gustavo Petro.

Em comunicado divulgado pelo Comando Central do ELN, o grupo armado se queixou de “ações” do governo colombiano “que violam o acordado na mesa de conversações com a delegação do ELN”.

De acordo com a guerrilha, o acordo era para negociações em “um processo nacional”, mas recentemente foi iniciado um diálogo com membros do ELN no departamento de Nariño (sudoeste da Colômbia), “fora do referido processo nacional e ignorando a delegação do ELN e a mesa onde a comunidade internacional participa como fiadora, bem como a ONU e a Conferência Episcopal Colombiana”.

“Quando tal manobra se torna pública, disfarçada de diálogos regionais, o processo entra numa crise aberta e somos obrigados a convocar a nossa delegação para consultas. Sem sermos responsáveis ​​pelo acontecido, os diálogos entre o ELN e o governo nacional entrariam numa fase de congelamento até que o governo se disponha a cumprir o que foi acordado”, alegou a guerrilha.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (21), o governo da Colômbia afirmou que vem cumprindo “plenamente todos os seus compromissos” nas negociações e acusou o ELN de gerar uma “crise desnecessária”.

“As decisões tomadas unilateralmente pelo ELN são de sua inteira responsabilidade e levam a uma crise desnecessária, que prolonga o confronto armado e a violência sofrida pelas comunidades, além de enfraquecer a confiança da sociedade colombiana na sua vontade de paz”, afirmou a presidência colombiana.

Apesar de seis ciclos de diálogo na Venezuela, no México e em Cuba desde novembro de 2022, o processo de paz do governo da Colômbia com o ELN foi comprometido por problemas como interrupções de cessar-fogo e a continuidade de ações criminosas da guerrilha, como confrontos com outros grupos armados e o sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz, do Liverpool, da Inglaterra, durante dez dias, entre o final de outubro e o início de novembro do ano passado.

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