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Homem mais rico do mundo, o empresário Elon Musk foi a pessoa que mais ganhou dinheiro em 2024, atingindo a marca histórica de US$ 452 bilhões em patrimônio líquido (o que equivale a R$ 2,8 trilhões). De acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg, atualizado diariamente no fechamento da bolsa de Nova York, até 29 de dezembro, Musk havia ficado US$ 223 bilhões mais rico no ano, praticamente duplicando sua fortuna.
O segundo que mais engordou o patrimônio em 2024 foi o CEO da Meta, Mark Zuckerberg – terceira pessoa mais rica do mundo –, com um ganho de US$ 84,2 bilhões. Já o fundador da Amazon, Jeff Bezos, segundo mais rico do planeta, adicionou US$ 66 bilhões à própria fortuna em um ano.
Musk se tornou a primeira pessoa do mundo a bater a marca de US$ 400 bilhões em patrimônio líquido em dezembro, depois de uma operação secundária de ações de sua empresa SpaceX, que lhe rendeu US$ 50 bilhões em apenas um dia e tornou a fabricante de foguetes e satélites a startup privada mais valiosa do mundo.
As ações da Tesla, que sofreram algumas quedas ao longo de 2024, alcançaram alta recorde no começo de dezembro (US$ 424,77). Desde o dia da eleição americana, a fabricante de veículos elétricos, que tem Musk como principal acionista, viu suas ações subirem cerca de 65%, de acordo com a CNN, devido a uma crença dos investidores de que a influência do bilionário no governo Trump deve iniciar uma era de desregulamentação que beneficiará a companhia.
A startup de inteligência artificial de Musk, xAI, também mais que dobrou de valor em novembro, passando a ser avaliada em US$ 50 bilhões, de acordo com o Wall Street Journal. Os negócios do bilionário ainda incluem a plataforma de mídia social X, a Neuralink (que desenvolve interfaces cérebro–computador implantáveis) e a Boring Company (companhia de infraestrutura e construção de túneis).
O serviço de internet via satélite Starlink de Musk também cresceu exponencialmente no ano, firmando parcerias com empresas aéreas e de cruzeiros e triplicando seu tráfego mundial.
Ano de reviravoltas
Apesar do sucesso no balanço, o ano de 2024 não começou tão bem para Musk. Em um único dia de janeiro, o bilionário perdeu US$ 18,8 bilhões, o que o levou a ceder temporariamente seu posto de mais rico do mundo para o francês Bernard Arnault, presidente do conglomerado LVMH, que detém grifes como Louis Vuitton, Fendi e Dior.
A breve redução no patrimônio ocorreu depois que sua montadora de veículos elétricos, a Tesla, divulgou um balanço pior que o esperado, levando as ações a despencarem 12% no dia seguinte. Musk recuperou o topo do ranking em fevereiro e, no mês seguinte, em uma nova desvalorização das ações da Tesla (-7%) foi ultrapassado por Jeff Bezos, seu rival nas viagens espaciais.
Musk também começou o ano apoiando o candidato errado. Ele entrou em 2024 apostando no governador da Flórida, Ron DeSantis, para candidato à presidência dos EUA, mas o republicano encerrou a campanha depois de ser derrotado por Donald Trump nas prévias de Iowa.
Ele chegou a dizer que seu talão de cheques estava fechado para Trump em março, mas mudou de ideia e investiu mais de US$ 277 milhões (R$ 1,7 bilhão) na campanha do Partido Republicano. Além de apoio financeiro, Musk participou de um comício de Trump no estado-pêndulo da Pensilvânia, usando o boné vermelho com o slogan Make America Great Again (Tornar a América Grande Novamente), e aproveitou o alcance de sua plataforma X para mobilizar eleitores indecisos a favor do republicano.
Após a vitória de Trump, Elon Musk tem visto sua riqueza crescer, juntamente com sua influência política. O bilionário foi elogiado publicamente no discurso de vitória do presidente eleito, e nomeado para comandar, juntamente com o empresário Vivek Ramaswamy, o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (Doge, mesmo nome de uma criptomoeda criada por Musk). O objetivo do Doge é cortar cerca US$ 500 bilhões em gastos públicos desnecessários, reduzindo a burocracia e modernizando a administração federal.
“O futuro vai ser fantástico”, declarou Musk logo após a vitória de Trump. Seus planos para 2025 incluem avanços em inteligência artificial, popularização de veículos autônomos e novas missões espaciais.
