Novos confrontos violentos voltaram a tomar neste domingo (29) os subúrbios do principal centro comercial da Síria, a cidade de Aleppo, palco de uma batalha decisiva entre forças do governo de Bashar al-Assad e milícias opositoras, iniciada no sábado. Segundo ativistas do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos (OSDH), os choques se espalham do sul em direção a distritos centrais da metrópole, onde ao menos 168 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas. Entre as vítimas, 94 foram identificadas como civis, em dado que mostra que a violência atinge principalmente a população.
Helicópteros militares voltaram a bombardear redutos dos rebeldes, que perdem forças. De acordo com o correspondente do jornal "El País", a munição de opositores aquartelados no bairro de Sajur está acabando, restando apenas lança-foguetes. Partidários da oposição na Síria fizeram um apelo para que o Conselho de Segurança da ONU aprove uma intervenção direta na cidade, antes que ocorra um massacre.
"Nossos amigos e aliados serão responsabilizados pelo que está acontecendo em Aleppo, se não se moverem rapidamente", isse Abdelbasset Sida, líder do Conselho Nacional Sírio, principal legenda de oposição a Assad no país. De acordo com um correspondente da agência Reuters, os bairros dominados pelos rebeldes foram completamente abandonados por moradores, que deixaram suas casas às pressas, com alimentos ainda dentro de refrigeradores. Milicianos utilizam os locais para se abrigarem. Outros confrontos também eclodiram nas cidades de Hama, Homs e Damasco neste domingo.
Vaticano
O papa Bento XVI fez um apelo pelo fim da violência na Síria neste domingo e pediu as potências mundiais para não pouparem esforços para ajudar a resolver o conflito. "Estou acompanhando os trágicos e crescentes episódios de violência na Síria com uma triste sequência de mortos e feridos, também entres civis", disse o papa depois de sua bênção semanal. "Renovo um apelo urgente para o fim de toda violência e derramamento de sangue.
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