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Deposição de Assad

Em 4 dias, Israel lança campanha histórica contra capacidade militar da Síria

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: Tel Aviv tem aproveitado o momento de instabilidade na Síria para evitar problemas futuros com novas lideranças (Foto: EFE/EPA/MAYA ALLERUZZO/POOL)

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Nos últimos quatro dias, Israel tem realizado uma campanha histórica contra as capacidades militares da Síria. Nesta quarta-feira (11), Tel Aviv prosseguiu com a destruição do arsenal do Exército do ditador deposto, Bashar al-Assad, com novos ataques contra postos de defesa aérea e radares.

De acordo com o país, esse é um esforço para evitar que armamentos avançados caiam nas mãos de "elementos hostis", em meio à tomada de poder por grupos rebeldes.

Em uma declaração oficial, Israel disse que sua Força Aérea e Marinha realizaram mais de 350 ataques contra “alvos estratégicos” na Síria desde a queda do regime de Assad no fim de semana, eliminando “a maioria dos estoques de armas estratégicas na Síria”.

De acordo com as estimativas dos militares, foi destruído aproximadamente de 70% a 80% do arsenal militar sírio nos últimos dias.

Na nota, Tel Aviv afirmou que os alvos destruídos nos ataques incluíam sistemas de defesa aérea sírios, depósitos de mísseis, drones, helicópteros, aviões de combate, tanques, radares e navios de guerra, bem como depósitos com mísseis de longo alcance, de cruzeiro e balísticos, entre outros.

O Exército israelense também explicou que suas forças atacaram vários armazéns contendo armas químicas na Síria, e justificou estes bombardeios para evitar que as armas chegassem às mãos da milícia xiita Hezbollah ou "qualquer outra força hostil" que os pudesse ameaçar.

A ong Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, afirmou que caças israelenses atacaram nesta quarta-feira “um posto de defesa aérea” e um outro local nas aldeias de Bilah e Al Balata, no norte da cidade mediterrânea de Tartus, feudo da família Assad.

Outros alvos atacados são duas posições de radar ao sul daquela cidade e nos arredores da também mediterrânea cidade de Latakia, onde a Rússia – aliada de Damasco – tem suas bases.

O Observatório disse ainda que durante a madrugada de terça para quarta-feira o Exército de Israel também bombardeou um quartel em Al Joura, na cidade de Deir ez-Zor, no leste do país, “o que causou a destruição de aeronaves militares e equipamentos de radar”.

"Israel realizou mais de 352 ataques aéreos contra 13 províncias sírias desde o anúncio da queda do regime de Bashar al Assad na manhã de 8 de dezembro", disse a ONG, detalhando que os ataques também tiveram como alvo antigas posições de milícias pró-Irã na Síria.

Novo governo já exibe policiais uniformizados junto a combatentes em Damasco

O novo governo interino da Síria, de Mohamed al-Bashir, começou nesta quarta-feira (11) a exibir símbolos de autoridade em Damasco, que ficou sob o controle de homens leais oriundos das fileiras da islâmica Organização para a Libertação do Levante (HTS), na forma de policiais uniformizados posicionados ao lado de grupos de mujahidin ou combatentes.

De acordo com a Agência EFE, o poder simbólico do controle das ruas foi significativamente reforçado pela presença de novos membros uniformizados do Serviço de Segurança Geral (SSG), a polícia formal do chamado Governo de Salvação de Idlib, a facção política da HTS que Bashir liderou nos territórios sob seu domínio antes da ofensiva que derrubou Bashar al-Assad.

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