Confira que papa pediu que angolanos trabalhem para consolidar uma paz frágil
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O papa Bento XVI, em sua primeira visita à África, exortou nesta sexta-feira (20) a população de Angola, ainda se recuperando de quase três décadas de guerra civil, a fomentar paz e o entendimento entre os povos.
Na segunda e última escala de sua viagem à África, o papa falou pouco depois de desembarcar no aeroporto de Luanda, onde foi recebido pelo presidente José Eduardo dos Santos, seu governo e membros da Igreja católica.
A previsão é que milhões de outras pessoas compareçam para ver o papa na capital angolana, Luanda, que tem população em sua maioria católica.
"Prezados angolanos, sua terra é abundante e seu país é poderoso. Façam bom proveito dessas vantagens para construir a paz e o entendimento entre os povos", disse o papa.
"Para isso, peço a vocês que não cedam à lei do mais forte. Deus capacitou os seres humanos a passar por cima de suas tendências naturais, voando nas asas da razão e da fé."
Enquanto sobrevoou a República Democrática do Congo, um país que se encontra em guerra, o papa também enviou uma mensagem de reconciliação ao país e seu líder, o presidente Joseph Kabila.
Seu antecessor, João Paulo II, visitou Angola em 1992 durante um interlúdio nos combates entre o partido governista MPLA e os rebeldes da Unita. Os combates foram retomados depois de a Unita ter rejeitado os resultados de uma eleição.
A guerra civil, que matou mais de meio milhão de pessoas e afastou milhões de suas casas, terminou em 2002. Desde então, a economia da ex-colônia portuguesa vem crescendo rapidamente, graças à exportações recordes de petróleo e diamantes.
Mas dois terços da população ainda vivem com menos de 2 dólares por dia, segundo o Banco Mundial. Em seu discurso, o papa disse ao governo que é preciso fazer mais para combater a pobreza.
"Infelizmente, dentro das fronteiras de Angola ainda há muitas pessoas pobres que reivindicam o respeito por seus direitos. Não deve ser esquecida a multidão de angolanos que vive abaixo do limiar de pobreza absoluta", disse o papa, ao lado do presidente angolano.
José Eduardo dos Santos, cujo governo vem gastando bilhões de dólares nos últimos anos para reconstruir o país, concordou.
"Isto é apenas o começo. Sabemos que a estrada até o bem-estar do povo e a reconstrução nacional é longa", disse.
O destaque da visita do papa será uma missa ao ar livre no domingo para a qual está previsto o comparecimento de meio milhão de pessoas. Acredita-se que mais de 60 por cento dos angolanos sejam católicos - religião que lhes foi imposta pelos missionários portugueses, 500 anos atrás.
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