
Nova Dhéli As comemorações da independência da Índia foram marcadas pelo otimismo e por promessas de combate à pobreza. "O melhor ainda está por vim, afirmou ontem o primeiro-ministro Manmohan Singh. O premier anunciou planos de investir 6,25 bilhões de dólares em agricultura e educação.
Embora a Índia seja uma potência em áreas como engenharia e tecnologia da informação, um em cada três adultos é analfabeto. "O sonho de Gandhi de libertar a Índia só será inteiramente realizado quando acabarmos com a pobreza, disse o primeiro-ministro. Singh prometeu acelerar a industrialização e melhorar a infra-estrutura do país.
Apesar do amplo policiamento, o premier discursou protegido por uma tela à prova de balas, semelhante à montada no Mosteiro de São Bento para a visita do papa. Na Caxemira, o sinal dos celulares foi bloqueado numa tentativa de evitar a violência, comum no dia da comemoração. Cinco bombas explodiram em Assam, no noroeste do país, mas não houve feridos.
Apesar da tensão na Caxemira e da pobreza da maioria dos indianos, a Índia chega ao 60.º aniversário como importante poder regional. Autodenominado "maior democracia do mundo com indisfarçável orgulho, o país conseguiu evitar a militarização das estruturas de poder e, em alguma medida, derrotar o nacionalismo religioso como poder de Estado problemas crônicos no vizinho e arquirival Paquistão.