Líder do partido Tikva Hadasha (Nova Esperança), Gideon Saar, deixou o gabinete de guerra em março após divergências com o governo| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nomeou neste domingo (29) o líder opositor e presidente do Partido Nova Esperança, Gideon Saar, como novo ministro de governo sem pasta atribuída, mas com assento no Gabinete de Segurança.

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“Agradeço o fato de Gideon Saar ter respondido ao meu pedido e concordado hoje em regressar ao governo. Esta decisão contribui para a unidade entre nós e para a unidade contra os nossos inimigos”, afirmou o gabinete do premiê israelense em um comunicado.

O partido do conservador Saar foi um dos que Netanyahu incluiu, tal como fez com o de Benny Gantz (que mais tarde renunciou devido a divergências), no Gabinete de Guerra criado pouco depois dos ataques do Hamas de 7 de outubro para gerir a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.

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No último mês de março, Saar deixou aquele governo de unidade quando ficou incomodado por não ter poder de voto neste órgão para vetar decisões, como tinham Netanyahu, Gantz e o ministro da Defesa, Yoav Gallant.

“Infelizmente, tive de me demitir em março, apesar do meu apoio aos objetivos de guerra, em um momento em que senti que não poderia ter impacto como membro do Gabinete de Guerra”, se justificou Saar em uma declaração conjunta com Netanyahu.

Neste texto, o premiê israelense garante que conseguiram agora pôr de lado “as divergências do passado” e elogiou Saar por sua “visão ampla e sua capacidade de oferecer soluções criativas para problemas complicados”.

“Nestes dias fatídicos, tenho certeza de que dará uma contribuição significativa para a condução da guerra e para o nosso país”, acrescentou Netanyahu. Saar, por sua vez, descreveu a decisão como “patriótica e correta”.

Saar era um rival direto de Netanyahu como membro do Likud, partido que aspirava liderar. Após a sua saída do Gabinete de Guerra, endureceu seu discurso contra o líder israelense, a quem criticou abertamente, entre outros motivos, pelos casos de corrupção aos quais ainda responde na Justiça.

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