O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse em carta ao presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, que não vai aceitar qualquer acordo para voltar Presidência de Honduras, caso isso signifique encobrir o golpe de Estado sofrido por ele em junho deste ano. As informações da são da BBC Brasil.
A carta foi lida ontem (14) na embaixada brasileira em Honduras, onde Zelaya está desde 21 de setembro.No texto, Zelaya acusou os Estados Unidos de mudarem sua posição em relação crise hondurenha e de tê-lo deixado no meio de um rio.
A nova posição do governo americano se esquiva do objetivo inicial do acordo de San José, relegando ao segundo plano um diálogo com o governo legitimamente reconhecido até que um novo processo eleitoral seja realizado e sem se importar com as condições em que o pleito vai acontecer, diz na carta.
Ele reafirmou ainda no texto que não vai apoiar a eleição de um novo presidente, marcada para o dia 29 de novembro.
A volta Presidência de Honduras era um dos pontos do pacto firmado no fim de outubro pelos negociadores de Zelaya e do presidente interino, Roberto Micheletti.
A decisão sobre a volta de Zelaya ao poder ficaria, segundo o acordo, a cargo do Poder Legislativo, mas o Congresso só decidirá sobre o assunto quando tiver um parecer da Corte Suprema, do Ministério Público e da Procuradoria-Geral da República.
O governo interino hondurenho, no entanto, insistiu várias vezes que a restituição de Zelaya não era um elemento essencial do acordo.