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Em conversa com sobreviventes de ataque, Trump usa anotação para lembrar de frases de empatia

O último dos tópicos trazia a seguinta frase: “eu ouço vocês” | Ricky Carioti/
The Washington Post
O último dos tópicos trazia a seguinta frase: “eu ouço vocês” (Foto: Ricky Carioti/ The Washington Post)

Durante a reunião com vítimas de ataques a tiros em escolas na quarta (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou algumas anotações para ajudá-lo no encontro. Entre as perguntas que deveria fazer, o último um tópico chamou a atenção, no qual estava escrito apenas "eu ouço vocês."  

Para os críticos do presidente, a nota mostra que Trump tem dificuldade em demonstrar empatia e que ele precisa ser lembrado que é necessário dar atenção às vítimas. A Casa Branca não quis comentar as anotações.  

Trump já foi criticado algumas vezes por suas respostas após os ataques e por sua demora em se solidarizar com vítimas.  

As notas do presidente, em um papel com o logo da Casa Branca, foram flagradas pelos fotógrafos que acompanharam o encontro.  

Anotações

Entre os cinco tópicos numerados estavam as perguntas "o que você gostaria que eu soubesse da sua experiência?" e "o que podemos fazer para que você se sinta seguro?".  

O quarto tópico indica que o presidente deveria pedir ideias e sugestões aos visitantes -pela imagens, não é possível identificar o que está escrito no terceiro ponto.  

Embora não tenha feito exatamente nenhuma das perguntas anotadas, Trump se mostrou mais aberto do que de costume na reunião. Durante cerca de uma hora, o presidente ouviu tanto os estudantes quanto os pais das vítimas e por diversas vezes prometeu resolver a questão.  

"Tudo que posso dizer é que estamos lutando forte por vocês e não vamos desistir", disse o presidente. "Obrigado por abrirem seus corações. Como o mundo está vendo, nós vamos encontrar uma solução", afirmou.  

Após se negar a debater o controle de armas após massacres anteriores, o presidente americano mudou de opinião após o ataque a uma escola da Flórida no dia 14, no qual 17 pessoas morreram.

Ele já se manifestou defendendo o banimento dos chamados "bump stocks", mecanismo que permite o disparo mais rápido de tiros, e disse que vai analisar outras medidas.

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