Washington O francês Dominique Strauss-Kahn assumirá as rédeas de uma instituição que passa por uma "crise de meia-idade". A legitimidade e missão do Fundo são questionados por causa da dificuldade em se adaptar aos novos tempos, segundo analistas.
A principal tarefa do ex-ministro francês "será evitar que o FMI caia na irrelevância", diz Peter Chowla, do Bretton Woods Project, uma organização que monitora o funcionamento do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. O próprio Strauss-Kahn reconheceu em sua sabatina no Conselho Executivo do FMI, no último dia 20, que "o próximo diretor-gerente terá que restabelecer a credibilidade e a eficiência do Fundo".
A instituição nasceu em 1944 no vilarejo de Bretton Woods, em New Hampshire (EUA), como uma espécie de árbitro mundial para manter a estabilidade financeira e reger um sistema de taxa de câmbio fixa baseado no padrão ouro. Posteriormente, começou a fazer empréstimos a países com problemas na balança comercial. Nas duas frentes a tarefa sofreu reviravolta. O padrão ouro colapsou em 1971 e os mercados e os bancos privados erodiram o poder de decisão sobre assuntos econômicos de Governos e instituições públicas. Como credor, o FMI perdeu seus clientes um a um e só resta a Turquia como grande prestatário.
"Os países em desenvolvimento não querem ter nada a ver com o FMI, devido ao fracasso de suas políticas de ajuste econômico na Ásia, na África e na América Latina", afirma Chowla.
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