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Hugo Chávez, ao lado da filha, Rosa Virginia, é recebido no aeroporto de Havana pelo presidente Raúl Castro | AFP/cubadebate.cu
Hugo Chávez, ao lado da filha, Rosa Virginia, é recebido no aeroporto de Havana pelo presidente Raúl Castro| Foto: AFP/cubadebate.cu

Havana - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que viajou a Cuba para tratamento contra um tumor removido há um mês, disse on­­tem que está "batalhando pela vi­­da".

"Da minha trincheira, bata­­lhan­­­do pela vida", disse Chávez em seu perfil no Twitter @chavezcandanga. Animado, Chávez também comentou sobre futebol.

Ontem, Chávez delegou ao vice-presidente executivo, Elias Ja­­ua, várias funções e prerrogativas até agora suas, incluindo a de ex­­propriar bens. A ação de Chávez foi tomada em meio a decisão de viajar a Cuba para se tratar de câncer.

O presidente venezuelano foi autorizado pela Assembleia Nacional a viajar a Havana. Na ilha de Fidel Castro deve se submeter a quimioterapia, contrariando as expectativas de que iria ao Brasil se tratar no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Ele não anunciou a data de retorno. "Espero que não seja um período muito longo [de ausência]", disse.

Após a autorização dada pe­­la Assembleia, Chávez agradeceu a cen­­tenas de pessoas que saíram às ruas para se despedirem dele e lem­­brou que no sá­­bado, dia de Nossa Senhora do Car­­mo, tinha pedido para que ela continue "en­­chen­­do de vi­­­da" o povo venezuelano.

"Vou, estarei, virei e seguirei transitando nesta nova parte da minha vida. Comprometo-me a seguir vivendo junto à nação venezuelana nestes tempos de ressurreição. Não é tempo de morrer, é tempo de viver, vida para todos", exclamou o presidente, que chegou a Cuba no sábado à noite, acompanhado de sua filha Rosa Viriginia.

Sigilo

De acordo com analistas, a escolha de Cuba para o tratamento ajudaria Chávez a manter o véu de segredo em torno de seu estado de saúde e, assim, continuar no poder.

Chávez continuará a governar a Venezuela à distância, apesar de ter delegado algumas funções administrativas e orçamentárias para o vice, Elias Jaua, e o ministro do Planejamento, Jorge Giordani.

"O segredo e a confiança (em torno da doença) estão garantidos em Cuba", avaliou Maria Teresa Romero, professora de Estudos Internacionais da Universidade Central da Venezuela. "Isso seria algo que ele não conseguiria se fosse se tratar no Brasil ou aqui na Venezuela. Seria muito mais difícil manter segredo em torno de tudo que estão fazendo com ele", acrescentou.

Romero lembrou que quando o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, esteve no Brasil para se tratar de câncer, o hospital dava informações frequentes sobre suas condições, com detalhes sobre o tipo e localização dos tumores.

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