O oposicionista cubano Guillermo Fariñas, que recebeu em 2010 o prêmio Sakharov do Parlamento europeu, foi libertado perto das 22h de quarta-feira (26) no horário de Cuba (cerca de 1h desta quinta em Brasília) depois de permanecer detido por cerca de seis horas em uma delegacia da cidade de Santa Clara, distante cerca de 280 quilômetros da capital Havana, segundo informações do próprio dissidente às agências de notícias.
Em conversa telefônica, já em sua residência, em Santa Clara, Fariñas explicou que policiais o detiveram juntamente com outras 22 pessoas sob a acusação de realizarem um "escândalo público" ao participarem de um protesto contra o despejo de uma mulher grávida, mãe-solteira e seus dois filhos que haviam se instalado em um imóvel sanitário abandonado. Em 24 de fevereiro, depois da morte do opositor detido Orlando Zapata Tamayo após 85 dias de jejum, Fariñas iniciou greve de fome para exigir a libertação dos prisioneiros políticos mais doentes. A greve durou até 8 de julho, depois de o governo cubano anunciar seu compromisso em libertar 52 dissidentes do grupo dos 75.