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Guerra e economia

Em Davos, Zelensky pede que empresas se retirem totalmente da Rússia e ajudem Ucrânia

Em videoconferência com líderes políticos e empresariais, presidente ucraniano pediu mais apoio e lamentou que união internacional contra a Rússia não tenha começado em 2014 (Foto: EFE/GIAN EHRENZELLER)

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta segunda-feira (23), em participação por videoconferência no Fórum de Davos (que volta a ser realizado após dois anos), a retirada total das empresas estrangeiras da Rússia e as convidou a participar da reconstrução de seu país no pós-guerra.

Zelensky fez um apelo para que a Rússia seja alvo do que ele definiu como “sanções convincentes”, como “sobre o petróleo, bloqueio de todos os bancos sem exceção, retirada total das empresas estrangeiras do mercado russo”.

“Oferecemos (às empresas) que continuem a atuar na Ucrânia, um mercado de 40 milhões de pessoas. Convido-os a fazer parte do processo de reconstrução do país, uma grande tarefa. Devemos reconstruir cidades inteiras”, disse Zelensky a uma audiência exclusiva de líderes políticos e empresariais em Davos, na Suíça.

O líder ucraniano cobrou uma ação decisiva da comunidade internacional para que seja criado um precedente que “impeça qualquer outro agressor de querer usar a força bruta contra seu vizinho”.

Embora tenha agradecido a ajuda internacional que a Ucrânia recebeu até agora, Zelensky ressaltou que ela ainda não é suficiente.

“Não há mais cidades pacíficas, mas ruínas. E, em vez de turismo, bombas e mísseis. Este é o resultado se continuarmos como estamos”, advertiu.

“É importante fazê-lo o mais rápido possível, com armas, com sanções. É por isso que a Ucrânia precisa de todas aquelas armas que estamos pedindo, e não apenas daquelas que estão dando. E é por isso que a Ucrânia precisa de financiamento, pelo menos US$ 5 bilhões por mês”, declarou.

Zelensky disse que a Ucrânia estabeleceu vários precedentes, “o primeiro sendo o de mostrar coragem” contra a agressão russa, e outro, “o de uma união do mundo inteiro”.

Por outro lado, o presidente ucraniano lamentou que esta união e pressão contra a Rússia não tenham começado em 2014, quando houve a anexação da península da Crimeia e a guerra na região de Donbas.

“Se isso tivesse acontecido na época, a união e a pressão de governos e empresas, talvez a Rússia não tivesse começado esta guerra em larga escala, e tantas vidas não teriam sido perdidas”, argumentou.

Zelenski comentou que os portos ucranianos no mar Negro “estão totalmente bloqueados” e que as forças russas “estão roubando nosso trigo dia após dia”, impedindo a exportação de grãos.

Ele enfatizou a necessidade da criação de um corredor para permitir a exportação de grãos e disse ter conversado a respeito com líderes estrangeiros, incluindo os países bálticos.

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