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Governador do Texas, Rick Perry, durante o debate dos pré-candidatos à Presidência do Partido Republicano, em Orlando, Flórida | REUTERS/Phelan M. Ebenhack
Governador do Texas, Rick Perry, durante o debate dos pré-candidatos à Presidência do Partido Republicano, em Orlando, Flórida| Foto: REUTERS/Phelan M. Ebenhack

O pré-candidato líder nas pesquisas para receber a indicação do Partido Republicano à Presidência dos EUA, Rick Perry, tropeçou na quinta-feira, durante um debate do partido, ao responder o que faria se recebesse às 3h da madrugada um telefonema alertando que o Taleban obtivera armas nucleares do Paquistão.

"Bem, obviamente, antes de você sequer chegar a esse ponto, precisa construir uma relação naquela região. Essa é uma das coisas que este governo não fez", declarou o governador do Texas no debate realizado em Orlando, na Flórida.

Perry fez referência à recente acusação de militares dos EUA de que o serviço paquistanês de inteligência estaria apoiando o grupo insurgente afegão Haqqani na realização de ataques contra alvos dos EUA, inclusive a embaixada norte-americana em Cabul.

Ele falou então sobre a importância de melhorar as relações com a Índia, vizinha e rival nuclear do Paquistão, "para assegurar que a Índia saiba que é uma aliada dos Estados Unidos".

Criticando a recusa dos EUA em vender caças F-16 modernizados a Nova Délhi, ele acrescentou: "A questão é que nossos aliados precisam entender claramente que são nossos amigos, que estaremos ao lado deles. Hoje, não temos nessa região esses aliados que possam nos assistir caso essa situação sobre a qual você falou se torne realidade."

A resposta despertou dúvidas sobre o conhecimento de Perry a respeito da política externa na região, onde os EUA há dez anos estão envolvidos numa guerra.

O pré-candidato Rick Santorum, que tem pouca vantagem na corrida para a indicação republicana para desafiar o presidente Barack Obama em 2012, afirmou que Perry falhou em responder a pergunta sobre a obtenção de armas nucleares pelo Taleban.

"Trabalhar com aliados nesta situação é a última coisa que queremos fazer. Queremos trabalhar naquele país para assegurar que o problema seja neutralizado", afirmou Santorum.

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