O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que o país não vai hesitar em atacar o Irã com forças militares para evitar que o país persa adquira armas nucleares, mas alertou que "muita conversa solta sobre guerra" recentemente tem apenas ajudado Teerã e elevado o preço do petróleo. Falando a um poderoso grupo de lobby pró-Israel, Obama pediu a Israel mais tempo para permitir que as sanções possam isolar o Irã. Ele tentou conter as sinalizações de guerra com o Irã e rechaçou um ataque unilateral israelense contra as instalações nucleares do país persa.
"Pela segurança de Israel, a segurança da América e a paz e a segurança do mundo, agora não é o momento para turbulência", afirmou Obama a milhares de pessoas na conferência anual do Comitê de Relações Públicas americano-israelenses. "Agora é o momento para que deixemos a pressão aumentar e sustentar a ampla coalização internacional que construímos." Citando o ex-presidente Theodore Roosevelt, Obama afirmou que iria "falar suavemente, mas carregar um grande porrete" e alertou o Irã para que não teste os Estados Unidos.
O discurso de Obama, bastante esperado, ocorreu um dia antes de seu encontro na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que planejou se pronunciar à conferência na noite de segunda-feira.
Três candidatos à presidente dos Estados Unidos do Partido Republicano, Mitt Romney, Rick Santorum e Newt Gingrich, devem falar da conferência via satélite na terça-feira.
Eleições no Irã
Homens leais ao líder supremo do Irã conseguiram mais de 75% dos assentos nas eleições parlamentares do país, segundo a apuração já quase completa, ontem, praticamente reduzindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad a um derrotado em uma disputa entre duas facções políticas conservadoras.
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