Em seu primeiro discurso na sessão conjunta no Congresso, o presidente americano, Barack Obama, prometeu ontem reduzir significativamente os gastos no Iraque, rompendo contratos sem licitação assumidos por seu antecessor, George W. Bush.

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Obama anunciou ainda a revisão dos gastos do país com defesa que, segundo Obama, "vêm desperdiçando bilhões" dos contribuintes americanos.

O presidente disse também que estava iniciando uma "nova era de diálogo" com o mundo e comprometeu-se a oferecer uma "justiça rápida" aos acusados de terrorismo, numa referência indireta aos presos de Guantánamo, que estão detidos há anos sem julgamento.

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Embora fontes do governo tivessem antecipado que Obama anunciaria até o fim da semana a decisão de retirar todas as tropas de combate do Iraque até agosto de 2010, o presidente não tratou especificamente do tema do retorno das tropas. Obama usou o discurso para prometer uma estratégia ampla para Afeganistão e Paquistão com o objetivo de "derrotar a Al-Qaeda e combater o extremismo". O presidente evitou usar a expressão "guerra ao terror", cunhada por Bush.

Com uma retórica quase totalmente voltada para a economia, em meio à pior crise financeira dos Estados Unidos desde a Grande Depressão de 1929, o discurso enviou uma mensagem "sóbria, mas otimista" aos americanos. "Aquelas qualidades que têm feito da América a maior força do progresso e da prosperidade da história da humanidade serão mantidas", disse.

O presidente disse que, apesar da crise, investirá em educação e saúde - segundo ele, é possível reduzir os custos e aumentar a cobertura do sistema de saúde, para que todos possam ter acesso a atendimento de qualidade. Atualmente 46 milhões de americanos não têm nenhuma cobertura médica.