O surto de ebola que assola a África Ocidental causou 21 mortes e infectou outras 44 pessoas nos últimos dois dias, segundo a última apuração realizada pela Organização Mundial da Saúde e divulgada nesta sexta-feira (11).

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A situação é mais preocupante na Libéria e em Serra Leoa. O primeiro registrou 32 novos casos e 15 mortes, enquanto o segundo teve 11 novas infecções e 4 mortes.

Já na Guiné apenas um novo caso foi detectado, mas outros dois infectados morreram.

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"Na Guiné, a tendência da epidemia evidencia uma redução da transmissão viral na comunidade, com apenas um caso registrado nos últimos dias", disse a OMS em comunicado.

Os números acumulados até o momento são de 888 contágios e 539 mortes. Destes, 409 casos e 309 mortos foram na Guiné, 142 infecções e 88 mortes na Libéria e 337 casos e 142 mortos em Serra Leoa.

Além disso, foi estabelecido um Centro de Coordenação Epidêmico em Conacri, a capital da Guiné, para coordenar e harmonizar o apoio técnico oferecido aos países afetados e a prevenção nas nações vizinhas.

A doença -que é transmitida através do contato direto com o sangue e os fluidos corporais de pessoas e animais infectados- causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

A OMS ativou a Global Alert and Reponse Network (Goarn) -uma rede formada por agências internacionais, governos, universidades, e outras entidades- e solicitou especialistas de diversas áreas que possam viajar aos três países para tentar conter o surto da doença.

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Esta é a primeira vez que uma epidemia de ebola é identificada e confirmada na África Ocidental, uma vez que os surtos surtos anteriores ocorreram sempre na África Central.

Os países da região entraram em acordo para criar um fundo de combate a doença.