O Partido Popular Progressista/Cívico (PPP/C), que governa a Guiana há duas décadas, desponta como o vencedor da eleição de domingo, que transcorreu em clima de tranquilidade.
O bom andamento do pleito é uma boa notícia para o país vizinho ao Brasil, onde eleições anteriores estiveram marcadas pela violência étnica.
O próximo presidente da Guiana, quarto maior produtor regional de bauxita e importante produtor também de ouro, açúcar e madeira, precisará atrair mais investimentos a fim de desenvolver a mineração e melhorar a infraestrutura.
O PPP/C, do presidente Bharrrat Jagdeo, é geralmente elogiado por ter tirado o país do caos econômico da década de 1980, promovendo a construção de estradas, escolas e hospitais. A oposição, no entanto, diz que a corrupção e a criminalidade seriam motivos para uma mudança.
A Guiana é um país racialmente dividido entre descendentes de escravos africanos e uma maioria de origem indiana, que domina o comércio. Esse critério frequentemente condiciona a adesão a um determinado partido.
Em 2001, tensões étnicas durante uma eleição resultaram em distúrbios e saques que deixaram vários mortos. Desde vez, segundo a comissão eleitoral, a votação transcorreu sem incidentes graves.
Donald Ramotar, de 61 anos, político de carreira, é o candidato do PPP/C, partido que concentra o eleitorado de origem indiana, e que está no poder desde 1992.
Embora não haja pesquisas eleitorais independentes, Ramotar é favorito por causa da forte máquina partidária do PPP/C e da vantagem demográfica. No entanto, o resultado pode ser menos esmagador para o partido do que nas quatro vitórias consecutivas anteriores.
O principal adversário de Ramotar é o ex-comandante militar David Granger, de 66 anos, da coalizão oposicionista chamada Uma Parceria pela Unidade Nacional, que tem grande apoio da população negra.
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