O ditador da China, Xi Jinping, condenou nesta sexta-feira (22) as sanções contra a Síria em encontro com o ditador do país árabe, Bashar al-Assad, na cidade chinesa de Hangzhou (leste).
Os dois ditadores anunciaram o estabelecimento de uma “parceria estratégica” que “representará um marco” no relacionamento entre os dois países, alegaram.
Esta é a primeira vez que Assad viaja para a China desde a eclosão da guerra civil síria, em 2011. A última oportunidade em que esteve no país havia sido em 2004, para se encontrar com o então ditador Hu Jintao.
“A China opõe-se à interferência de forças externas nos assuntos internos da Síria e insta todos os países relevantes a levantarem sanções unilaterais ilegais contra a Síria”, afirmou Xi, segundo a mídia estatal chinesa.
As sanções a que o ditador fez referência foram aplicadas pelo Ocidente devido à repressão de civis e às violações de direitos humanos praticadas pelo regime de Assad durante a guerra civil síria.
Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, acrescentou que o estabelecimento da parceria estratégica com a Síria “será um marco significativo na história das relações China-Síria, onde os dois lados constroem o passado e inauguram o futuro”.
“O lado chinês está pronto para trabalhar com o lado sírio para ambos apoiarem um ao outro firmemente e defender conjuntamente a imparcialidade e a justiça internacionais”, disse a porta-voz no X.
No encontro, Xi mencionou o apoio da China à Síria nos esforços de reconstrução do país após 12 anos de guerra, na melhoria da sua capacidade de combater o terrorismo e na promoção de uma solução política para a questão síria sob o princípio “guiado pela Síria e reconhecido pela Síria”.
Além disso, Xi manifestou que a China apoia o país de Assad na melhoria de suas relações com outras nações árabes.
Por sua vez, o ditador sírio afirmou que para seu país o estabelecimento de uma “parceria estratégica” com a China será uma oportunidade de fortalecer a “amistosa” cooperação bilateral e aumentar a comunicação e coordenação em assuntos internacionais e regionais, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
Após a reunião, os ditadores chinês e sírio assinaram acordos de cooperação bilateral em questões econômicas e tecnológicas, bem como no âmbito da Nova Rota da Seda, projeto da China que financia projetos de infraestrutura em outros países.
A recepção a Assad representa outro passo na tentativa chinesa de estender sua influência aos países muçulmanos, esforço que incluiu a pressão para que quatro países da região, Irã, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes, entrassem nos Brics (expansão anunciada em agosto e na qual foram incluídas também Argentina e Etiópia), a mediação para a retomada das relações diplomáticas entre Irã e Arábia Saudita, anunciada em março deste ano, e a tentativa de negociações de paz entre Israel e Palestina e no Iêmen. (Com Agência EFE)
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