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Política comercial

Em encontro com García, Lula diz que "integração" é resposta à crise

Lula (dir.) conversa com o presidente peruano Alan García em Rio Branco, no Acre | Andina Agency / Reuters
Lula (dir.) conversa com o presidente peruano Alan García em Rio Branco, no Acre (Foto: Andina Agency / Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (28), em encontro com o presidente do Peru, Alan García, em Rio Branco, que os dois países querem responder à crise econômica mundial com "mais integração".

No encontro, os presidentes firmaram compromissos para estimular o intercâmbio econômico-comercial, o desenvolvimento fronteiriço e a integração energética e para eliminar obstáculos no comércio bilateral.

"A resposta que Brasil e Peru querem dar a essa crise é mais integração, mais compartilhamento de experiências, mais investimentos industriais, mais parcerias empresariais entre os dois países", disse.

Lula afirmou que o Brasil tem interesse em financiar, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), parcerias da Eletrobrás com empresas de energia peruanas. "O mais importante é que, se tivermos linha de transmissão, um pais pode suprir o outro na falta de energia. A época de chuvas é diferente", disse.

Segundo Lula, os chanceleres dos dois países irão se reunir com a Polícia Federal e a Receita Federal brasileira e peruana para discutir como remover obstáculos. Questionado, ele disse que, após ouvir sugestões de governadores da região, estuda a possibilidade de fazer com que vôos entre cidades fronteiriças sejam considerados internos para "facilitar o trânsito de pessoas e de produtos."

O presidente contou que García lhe disse que o Acre tem condições de comprar mais produtos do Peru, que atualmente são adquiridos de São Paulo. "Integração não é só vender. É a gente ter uma balança comercial mais ou menos equilibrada para garantir que os dois países tenham oportunidade e através de uma boa política comercial poderem crescer economicamente, gerar empregos e distribuir renda", disse.

García, por sua vez, citou exemplos de entraves à integração entre os dois países. "Um caminhão peruano tem que retirar as mercadorias para colocar em um caminhão brasileiro. É um absurdo. Devem limitar o tempo nas guaritas de controle de fronteira. Às vezes, demora uma hora de cada lado. Uma pessoa que vá ao Peru tem que trocar sua moeda por dólares e depois por soles. Tudo isso tem que ser solucionado", afirmou.

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