Os italianos fizeram um funeral coletivo nesta sexta-feira (10) para as vítimas do pior terremoto em 30 anos, que devastou a região central do país. O número de mortos subiu para 289.
Centenas de pessoas se reuniram em volta dos 205 caixões, muitos deles cobertos de flores e fotos. O funeral ocorreu numa academia de polícia na cidade montanhosa de L'Aquila, a mais atingida pelo tremor de segunda-feira. A missa foi conduzida pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e começou com uma mensagem do papa Bento XVI. "Nessas horas dramáticas quando uma tragédia atingiu essa terra, eu me sinto presente espiritualmente em meio a vocês e compartilho sua angústia", dizia a mensagem.
Na noite de quinta-feira (9) novos abalos sacudiram as áreas mais atingidas. Às 5h22 (0h22 de Brasília), a terra voltou a tremer na região de Abruzzo. Uma réplica alcançou 3,7 graus de magnitude na escala Richter.
Na noite anterior fora registrado outro movimento telúrico, por volta das 21h30 locais (16h30 de Brasília), de 4,9 graus, que também foi sentido em Roma.
Quatro dias após o terremoto, equipes de resgate ainda retiram corpos dos escompros e a Defesa Civil anunciou que as buscas estão quase no fim. Há 17 mil pessoas vivendo em tendas e outras centenas estão sendo colocados em hotéis.
Ajuda da UE
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi disse nesta sexta que seu país "espera receber entre 400 e 500 milhões de euros (de US$ 525 a US$ 656 milhões) em três anos" provenientes de fundos da União Europeia (UE) em ajuda após o terremoto da segunda-feira.
Em uma entrevista por telefone a um programa da televisão italiana, Berlusconi garantiu que "serão encontrados todos os fundos indispensáveis", e acrescentou que serão necessários dois meses para avaliar todos os danos provocados pelo terremoto.
O primeiro-ministro lembrou que já foram destinados 30 milhões de euro (US$ 39,3 milhões) e que o Conselho de Ministros autorizou ontem o envio de outros 70 milhões de euros (US$ 91,9 milhões) para os trabalhos de reconstrução.
Além disso, o Ministério da Educação usará 16 milhões de euro (US$ 21 milhões) para reconstruir a Casa do Estudante, um colégio maior, no qual morreram vários jovens.
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