O presidente da Bolívia, Evo Morales, em greve de fome no Palácio de Quemados| Foto: Aizar Raldes/AFP

O presidente da Bolívia, Evo Morales, em greve de fome desde a semana passada pela aprovação de uma polêmica lei eleitoral, disse no domingo que suspendeu suas viagens oficiais da próxima semana para a Cúpula das Américas e a Alba.

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Morales fez o anúncio no domingo, em uma entrevista à rádio estatal.

"Primeiro a Bolívia. Eu tinha um encontro com você e com muitos presidentes da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas, no dia 16 (de abril). Depois, na Cúpula das Américas, mas decidi não viajar", disse Morales dirigindo-se a seu aliado, o líder venezuelano Hugo Chávez, na entrevista.

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A cúpula da Alba ocorrera no Estado de Sucre, no noroeste venezuelano, e a previsão é que compareçam os presidentes de Honduras, Manuel Zelaya; da Nicarágua, Daniel Ortega; do Equador; Rafael Correa; do Paraguai, Fernando Lugo; e representantes de Cuba.

Por sua parte, a quinta Cúpula das Américas ocorrerá em Trinidad e Tobago na sexta-feira, 17 de abril, e reunirá mais de 30 líderes da região, além do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Morales está em greve de fome desde a quinta-feira, quando a oposição deixou sem quórum o Congresso boliviano no momento em que se realizaria uma segunda e definitiva votação da lei que regulará as eleições adiantadas para dezembro, prevista pela nova Constituição.

Essas eleições, nas quais o líder indígena tentará a reeleição e se elegerá também uma Assembleia Plurinacional com bancadas reservadas exclusivamente para indígenas, são chaves para consolidar as nacionalizações e outras mudanças impulsionadas por Morales.

No sábado, a oposição aceitou reinstalar a sessão no Congresso.

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