Oficialmente, 84 pessoas morreram com a passagem do ciclone Idai em Moçambique, no sul da África, mas estimativas indicam que mais de 1.000 podem ter perdido a vida nesta catástrofe natural. Se isso se confirmar, Idai será o ciclone tropical mais mortal a atingir o sul da África.
A informação vem do próprio presidente do país, Filipe Nyusi. Ele descreveu cenas de "corpos flutuando" nas águas depois que dois rios transbordaram, "varrendo vilas inteiras" e isolando outras. "É um desastre humanitário real de grandes proporções", disse em entrevista para uma rádio estatal.
O ciclone atingiu o país como uma tempestade de categoria 2, com ventos de 175 quilômetros por hora, na madrugada de sexta-feira passada (15). A área mais atingida é a cidade de Beira, onde no domingo (17) uma barragem se rompeu e fechou o último acesso ao município. Também não há energia elétrica e quase todas as linhas de comunicação estão inoperantes.
Segundo agências oficias do governo, 90% da cidade de mais de 500 mil habitantes foi destruída pelo ciclone Idai. "A escala de devastação é enorme", disse o porta-voz da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Jamie LeSueur.
Depois de Moçambique, a tempestade migrou para dentro do continente com menos força, atingindo o Zimbábue e Malauí. De acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras, 56 pessoas morreram em Malauí e 600 ficaram feridas. No Zimbábue, o número de vítimas fatais chegou a 98, de acordo com o Ministério da Informação do país – 102 pessoas estão feridas e centenas desaparecidas.
-
Relação entre Lula e Milei se deteriora e enterra liderança do petista na América do Sul
-
O plano de Biden para tentar sair da crise: aparentar normalidade e focar em Trump
-
STF julga pontos que podem mudar a reforma da Previdência; ouça o podcast
-
Real, 30 anos: construção de plano seria mais complexa nos dias de hoje