O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, fez nesta segunda-feira (29) uma visita surpresa a Kiev, onde conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
No local, Stoltenberg convidou Zelensky para participar da cúpula que a Aliança realizará em julho deste ano, em Washington, nos EUA, mas avisou que não espera um acordo entre os Estados-membros que permita a formalização de um convite para o ingresso da Ucrânia.
“Não espero que haja um acordo antes da cúpula de julho”, disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa conjunta em Kiev com Zelensky, quando questionado sobre o que os ucranianos podem esperar da reunião que acontecerá em Washington entre os dias 9 e 11 de julho.
Stoltenberg expressou confiança de que a cúpula ajudará a Ucrânia a continuar a avançar em um caminho rumo à entrada na OTAN, o que descreveu como “irreversível”.
Nesse sentido, lembrou que a Aliança já concordou em reforçar o seu papel na coordenação da assistência e formação de tropas que os seus membros oferecem à Ucrânia, e referiu-se à sua proposta de criação de um fundo no valor de 100 bilhões de euros (cerca de R$ 547 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia para os próximos cinco anos.
“Penso que também precisamos de um grande compromisso financeiro plurianual para sustentar o nosso apoio e demonstrar que não é de curto prazo, mas sim de longo prazo e previsível”, afirmou Stoltenberg a Zelensky.
“Hoje falamos sobre a iniciativa de Jens de criar um fundo especial de apoio financeiro para a defesa da Ucrânia no valor de 100 bilhões de euros por um período de cinco anos”, declarou Zelensky na coletiva de imprensa.
O secretário-geral da OTAN insistiu que está fazendo todo o possível para que a Ucrânia se torne um país membro da Aliança, “quando as condições políticas estiverem reunidas”, e enfatizou o progresso do país aspirante no cumprimento dos padrões do organismo.
Por sua vez, o presidente ucraniano recordou que o Exército do seu país utiliza cada vez mais armas da OTAN e afirmou que a Ucrânia já é membro “de fato” da Aliança. (Com Agência EFE)
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