O ditador da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, expressaram, durante uma conversa por telefone, apoio “incondicional” ao regime de Bashar al-Assad na Síria diante de um avanço surpresa de grupos islâmicos.
“Foi expresso apoio incondicional às ações legais das autoridades sírias para restaurar a ordem constitucional e a integridade territorial do país”, disse o Kremlin em comunicado.
Putin e Pezeshkian abordaram a “agressão em larga escala por grupos terroristas e formações armadas”, que eles interpretaram como uma tentativa de “minar a soberania e a estabilidade política, social e econômica do Estado sírio”.
Ambos também enfatizaram a importância de coordenar os esforços diplomáticos na estrutura do formato Astana envolvendo os três garantidores do cessar-fogo: Rússia, Irã e Turquia.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrey Rudenko, declarou nesta segunda-feira (2), em falas divulgadas pela agência de notícias oficial TASS, que a Rússia não descarta a possibilidade de uma reunião tripartite.
No sábado passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, conversou por telefone com os chanceleres iraniano e turco, Abbas Arakchi e Hakan Fidan, respectivamente.
O contingente russo na Síria admitiu neste domingo (1º) ter bombardeado posições rebeldes nas províncias de Idlib, Hama e Aleppo em coordenação com o Exército sírio.
Tanto a mídia oficial quanto o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma ONG sediada no Reino Unido, têm relatado ataques aéreos russos há dias.
Putin ordenou uma operação militar em setembro de 2015 que impediu a derrubada de Assad, embora as forças armadas russas estejam agora envolvidas em uma campanha sangrenta na Ucrânia.
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