Washington - O livro de memórias do ex-presidente dos EUA George W. Bush (2001-2009) ignora Luiz Inácio Lula da Silva e mal menciona o Brasil, mas elogia em profusão o ex-líder colombiano Álvaro Uribe.
O Brasil não aparece nem no índice remissivo de Decision Points (Momentos Decisivos), lançado ontem.
O país é citado em dois momentos. Primeiro quando Bush diz que, com apoio americano, "democracias multiétnicas de Índia e Indonésia a Brasil e Chile se tornaram líderes regionais.
Depois quando o ex-presidente assume crédito pela elevação do status do G20 durante a crise econômica, afirmando que decidiu reunir "Brasil [...] e outras economias dinâmicas.
Uribe tem quatro menções elogiosas a Colômbia é o principal parceiro americano na América do Sul. Já o venezuelano Hugo Chávez é chamado de "ditador e criticado pelo "populismo falso.
O livro é uma tentativa de Bush de reescrever a história ou ao menos dar seu lado dela e defender um legado marcado pelo 11 de Setembro, pela aprovação à tortura e por duas guerras.
Mas a admissão de que aprovou a simulação de afogamento em suspeitos de terrorismo reavivou críticas.
Ele escreve que a prática evitou atentados no Reino Unido. Sobre o suspeito de terrorismo Abu Zubaydah, submetido à simulação de afogamento ao menos 183 vezes, declara: "Sua compreensão do islã era a de que ele tinha que resistir ao interrogatório só até certo ponto. A simulação de afogamento era a técnica que permitiria que ele chegasse nesse limite, cumprisse sua obrigação religiosa e então cooperasse." O republicano lembra também do choque com os ataques terroristas contra as Torres Gêmeas.
"Minha mente clareou: o primeiro avião poderia ser um acidente. O segundo foi definitivamente um ataque. O terceiro, declaração de guerra. Meu sangue fervia. Íamos achar os responsáveis e chutar seus traseiros.
Deixe sua opinião