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Hillary diz que a liderança norte-americana precisa ser assegurada por cada nova geração | REUTERS / Yuri Gripas
Hillary diz que a liderança norte-americana precisa ser assegurada por cada nova geração| Foto: REUTERS / Yuri Gripas

Principal aposta democrata para a Casa Branca em 2016, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton considera que os EUA ainda são "a nação indispensável" para resolver problemas no mundo.

A afirmação está nas quatro páginas de apresentação de seu novo livro, Hard Choices (Escolhas difíceis, em português), que será lançado no próximo dia 10 nos Estados Unidos.

Nos trechos divulgados pela editora Simon & Schuster nesta terça-feira (27), Hillary diz acreditar que os EUA ainda podem liderar. "Embora haja poucos problemas no mundo de hoje que os EUA consigam resolver sozinhos, é ainda menor o número dos que podem ser resolvidos sem os EUA", afirma a democrata.

Ela, contudo, se diz convencida que a liderança norte-americana precisa ser assegurada por cada nova geração.

Ao explicar o tema do livro, Hillary menciona algumas escolhas difíceis que "todos temos de fazer" ao longo da vida, como "equilibrar as demandas do trabalho e da família" e "decidir se casar - ou se manter casado". A ex-primeira-dama teve sua vida pessoal duramente exposta após a traição do marido, Bill Clinton, quando estava na Casa Branca, mas ficou ao seu lado.

Ao mencionar suas decisões como secretária de Estado, disse que gostaria de "voltar atrás e rever certas escolhas". "Mas estou orgulhosa do que alcançamos. Este século teve um início traumático para o nosso país, com os ataques terroristas do 11 de Setembro, as longas guerras posteriores e a Grande Recessão. Precisávamos fazer melhor e acho que fizemos", diz.

Em clima de campanha, Hillary afirma que "servir ao país" - o que teria feito, "de uma maneira ou de outra, por décadas" - foi uma escolha, porém, que nunca se mostrou difícil para ela. "Durante os meus anos como secretária de Estado, aprendi ainda mais sobre nossos excepcionais pontos fortes e o que seria necessário para competirmos e prosperarmos dentro e fora do país", diz.

"Amizade inesperada"

O livro, segundo ela, trata de suas decisões, mas também do governo, desde "o fim doloroso da campanha [democrata à Casa Branca] de 2008 à parceria e à amizade inesperadas com meu ex-rival Barack Obama".

Para ela, a decisão mais corajosa da qual fez parte neste período foi a de enviar os Seals ao Paquistão atrás de Osama bin Laden, em maio de 2011, para "levá-lo à Justiça". O líder da Al-Qaeda foi morto na operação.

"Os principais assessores do presidente estavam divididos. As informações de inteligência eram convincentes, mas estavam longe de serem definitivas. Os riscos de fracasso eram assustadores", lembra.

Indiretamente, Hillary ainda dá sinais sobre o que seria sua política externa se eleita em 2016: "mais parceiros e menos adversários", "mais responsabilidade compartilhada e menos conflitos", ouvir mais a sociedade civil e o setor privado.

Ela diz saber que suas visões e experiências certamente serão minuciosamente examinadas pelos seguidores da "novela" de Washington. "Mas eu não escrevi esse livro para eles", afirma.

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