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Dezenas de milhares de venezuelanos participaram de uma passeata neste sábado (2) em apoio à decisão do presidente, Hugo Chávez, de não renovar a concessão da emissora RCTV, e também para celebrar a abertura do novo canal do governo.

Em seu discurso na marcha, Chávez mandou "para o inferno" os críticos nacionais e estrangeiros de sua decisão de não renovar a licença de transmissão em sinal aberto da "RCTV".

O presidente venezuelano também voltou a criticar aquilo que chamou de "comunicado grosseiro" do Senado brasileiro, afirmando que não aceita "de ninguém" ingerências em assuntos internos.

"Que vão logo para o inferno os representantes da burguesia internacional... Para o inferno mandamos desde as ruas da Venezuela, este é um povo livre!", expressou Chávez, enquanto seus seguidores repetiam em coro o grito "é assim que se governa!".

Chávez se pronunciou contra "a oligarquia venezuelana e seus aliados da oligarquia mundial e a burguesia internacional", porque eles "atacaram de novo a soberania deste humilde soldado presidente da Venezuela".

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"Esta é uma pátria livre, este é um povo livre", exclamou o líder bolivariano entre aclamações de "agora é a vez da Globovisión", única televisão de linha editorial de oposição que restou na Venezuela depois do fim da concessão da RCTV.

Na semana passada, a Globovisión foi acusada pelo governo venezuelano de "instigar o magnicídio" e encorajar os protestos dos últimos dias nas ruas da Venezuela.

A saída do ar da "RCTV" foi rejeitada por milhares de estudantes universitários, que marcharam em Caracas e outras cidades com palavras de ordem em defesa da liberdade de expressão.

Chávez voltou a criticar duramente os estudantes que realizaram os protestos e qualificou como uma "vergonha" que a juventude defenda os interesses do "imperialismo" em detrimento da "pátria".

"Do lado de quem vão estar, do lado do povo ou do lado da oligarquia, do lado da pátria ou do império? Decidam!", discursou.

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Além disso, ameaçou dizendo que se a chamada "oligarquia venezuelana", que seria subordinada a Washington, "continuar arremetendo desesperadamente" contra a "revolução", "seguirá perdendo um por um os redutos que lhe resta".

"Dominaram a Força Armada e a perderam, dominaram o canal 2 e o perderam", afirmou.

"A mim o que importa é a soberania e a dignidade do povo venezuelano e se tenho de morrer defendendo a soberania e a dignidade do povo venezuelano, pois morrerei", ressaltou Chávez.

O presidente venezuelano voltou a falar do que chamou de "comunicado grosseiro" aprovado pelo Senado brasileiro, contrário à decisão de não renovar a licença da RCTV.

"Não aceitamos de ninguém ingerências nos assuntos internos da Venezuela", disse o presidente, afirmando que as oligarquias latino-americanas "temem que o exemplo da Venezuela se estenda aos outros países, onde eles acham que mandam".

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No mesmo discurso, Chávez anunciou que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, chegará a Caracas no domingo em visita oficial e destacou os apoios que tem recebido também por parte do presidente de Cuba, Fidel Castro, da Bolívia, Evo Morales, e do presidente da União Africana, Olusegun Obasanjo.