![Em meio a ameaças da China, EUA aprovam venda de sistema de comunicação militar para Taiwan O presidente dos EUA, Joe Biden, disse recentemente que a ajuda à Ucrânia e Israel está se esgotando rapidamente](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/01/05103646/47e2e7f08f833b17e5fe88f2d610d608c0e4037bw-960x540.jpg)
O governo dos Estados Unidos autorizou nesta quinta-feira (22) a venda de um sistema avançado de dados militares para Taiwan, que visa melhorar as capacidades de defesa da ilha frente às pressões e atividades militares da China. O sistema, chamado Link-16, permite a transmissão e o intercâmbio de informações táticas em tempo real entre as forças armadas aliadas.
O negócio, estimado em US$ 75 milhões, foi confirmado nesta quinta pelo Ministério de Relações Exteriores de Taiwan, que agradeceu o apoio contínuo dos EUA à segurança da ilha. Segundo a Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa (DSCA), que integra o Departamento de Defesa americano, a venda do equipamento contribuirá para fortalecer a rede e a estabilidade de Taiwan ao "enfrentar ameaças atuais e futuras".
Esta é a primeira venda de armas dos EUA para Taiwan desde as eleições presidenciais de janeiro na ilha, vencidas pelo vice-presidente William Lai, do Partido Progressista Democrático, que defende a autonomia de Taiwan em relação à China. Pequim considera Taiwan uma província rebelde e não descarta o uso da força para “reunificá-la” ao continente.
Taiwan se governa de forma independente desde 1949, quando o exército nacionalista se refugiou na ilha após perder a guerra civil contra os comunistas. A ilha é um dos principais pontos de tensão entre a China e os EUA, que é o principal fornecedor de armas de Taiwan e poderia defender a ilha em caso de conflito.
A venda do sistema Link-16 ocorre em meio à visita de uma delegação de cinco congressistas americanos a Taiwan, liderada pelo republicano Mike Gallagher, um crítico ferrenho da China. Gallagher afirmou nesta quinta que qualquer tentativa de invadir Taiwan “fracassará” e elogiou a ilha por resistir ao que classificou como “bullying” do Partido Comunista Chinês.
A delegação americana se reunirá com a atual presidente Tsai Ing-wen, que deixa o cargo em maio, e outros altos funcionários de Taiwan.
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