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Rocío San Miguel

Em meio à crescente perseguição, ditadura de Maduro prende outra ativista crítica do regime

A ativista Rocío San Miguel Sosa em audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) contra perseguição da ditadura de Maduro (Foto: EFE/Jeffrey Arguedas)

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ONGs e partidos de oposição à ditadura da Venezuela denunciaram a prisão da advogada e ativista Rocío San Miguel, detida no aeroporto de Simón Bolivar, no estado de Vargas, quando estava prestes a fazer uma viagem para o exterior, neste final de semana.

Essa é a mais recente ação autoritária do regime chavista, liderado por Nicolás Maduro, que recentemente prendeu dezenas de críticos do governo, acusados por supostos planos de assassiná-lo. Nesses episódios, houve a detenção de militares e civis, incluindo ativistas de direitos humanos, jornalistas e militares no exílio. O Ministério Público confirmou a prisão da ativista.

Rocío estaria envolvida em uma dessas "conspirações" contra Maduro, a "Braçadeira Branca", que consistia em um ataque a uma base militar em Táchira, na fronteira com a Colômbia, para tomar armas e assassinar líderes chavistas, segundo acusou o procurador-geral do país, Tarek William Saab, aliado político do ditador. Maduro, que está concorrendo à reeleição este ano, frequentemente denuncia conspirações para derrubá-lo e assassiná-lo.

A prisão de San Miguel gerou uma onda de manifestações de ONGs e partidos políticos pelo país. Segundo a imprensa local, usuários das redes sociais passaram a usar a hashtag "#DóndeEstáRocío" (Onde está Rócio, em tradução livre) para exigir a libertação da ativista, que possui medidas cautelares da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) desde 2018 após ter sofrido ataques e assédio do regime.

À época, ela era presidente da ONG venezuelana Controle Cidadão, que ganhou um caso contra a ditadura chavista perante a corte internacional pela violação dos direitos políticos e de expressão, depois de ter sido demitida de um órgão público por apoiar em 2003 a convocação de um referendo revogatório contra o então líder do país Hugo Chávez (1999-2013).

Com a repercussão do caso, a Anistia Internacional (AI) e o Centro de Justiça e Paz (Cepaz) também pediram sua "libertação imediata e incondicional".

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