O dólar blue voltou a disparar no mercado informal de câmbio na Argentina, atingindo um novo recorde nesta quarta-feira (16). O aumento do preço da moeda americana ocorre em meio à desvalorização da taxa de câmbio oficial e ao aumento da inflação.
O dólar blue subiu 50 pesos nesta quarta, alcançando a marca de 780 pesos por unidade. No decorrer do dia, ele chegou a ser cotado por até 795 pesos, segundo informou o jornal argentino La Nacion. Apenas nesta semana, a moeda norte-americana registrou um aumento de 28,9%, sinalizando uma crescente volatilidade no mercado.
Enquanto isso, o mercado formal manteve o dólar estável em 365,50 pesos para venda ao público no Banco Nación, instituição estatal onde as operações estão sujeitas a restrições, permitindo apenas a compra de até US$ 200 por mês por indivíduo, sob determinadas condições.
A disparidade entre o dólar oficial e o dólar blue atingiu a marca de 113,4%, refletindo as tensões e incertezas no mercado financeiro argentino. A alta cotação do dólar também se refletiu nos mecanismos financeiros voltados para investidores.
O dólar "contado com liquidação" (CCL), que envolve a compra de ações ou títulos em pesos argentinos e a subsequente venda em dólares em Wall Street, atingiu um novo recorde de 716,47 pesos por unidade, representando um aumento de 2% em relação ao fechamento de terça-feira (15).
Na segunda-feira (14) o dólar também havia tido uma alta de 20%, chegando a ser comercializado por 680 pesos.
Os resultados das eleições primárias realizadas no último domingo (13) surpreenderam as expectativas e aumentaram o clima de incerteza no país antes das eleições gerais, programadas para o dia 22 de outubro. O candidato libertário Javier Milei foi o mais votado, com 30% do total. Ele superou a coalizão de centro-direita, liderada por Patricia Bullrich, que alcançou 28,27%, e a coalizão governista, que obteve 27,27% dos votos. Os peronistas definiram o ministro da Economia, Sergio Massa, como candidato à presidência. (Com Agência EFE)
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