Dono de uma confeitaria na capital Havana, em Cuba: empresários enfrentam desafios na gestão do comércio em meio à crise| Foto: EFE/ Yander Zamora
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O regime de Cuba anunciou nesta semana seis novos decretos para regular as atividades de empresas privadas na ilha.

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A nova ação foi apresentada pelo Conselho de Ministros, o órgão máximo da administração federal, na quarta-feira (10), durante uma sessão extraordinária. Segundo as autoridades da ditadura, as medidas visam “trazer ordem” ao crescente setor privado do país, que está afundado há anos em uma grave crise econômica e social.

De acordo com informações passadas pelo próprio regime de Miguel Díaz-Canel, foram implementadas políticas para regulação de preços, lucros e fortalecimento da supervisão sobre o mercado privado, devido à "necessidade de gerir melhor o setor nascente", justificaram as lideranças nacionais.

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Um relatório publicado no jornal estatal Granma mencionou um dos decretos sancionados nesta semana, que criou o Instituto Nacional de Atores Econômicos Não Estatais, a fim de supervisionar as empresas privadas em Cuba.

Segundo o primeiro-ministro Manuel Marrero, “não se trata de forma alguma de uma cruzada contra as pequenas e médias empresas, nem contra outras formas de gestão não estatal”, mas apenas busca a "regulação e acompanhamento”, disse ele.

Nesta semana, o Ministério das Finanças e dos Preços de Cuba impôs limites nos preços de seis produtos básicos importados por empresas privadas: frango, óleo vegetal, leite em pó, sabão em pó, massas e salsichas, tentando conter a crescente inflação.

A medida também limitou os lucros desses produtos em 30%, sendo justificado pelas autoridades de Havana que a ação era necessária para conter os preços elevados.

Dados oficiais mostram que a inflação formal aumentou mais de 77% em 2021 e, nos últimos anos, tem oscilado entre 30% e 40% ao ano.

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