O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O governo da Argentina, liderado pelo presidente Javier Milei, anunciou nesta semana que irá realizar uma “auditoria abrangente” das indenizações que foram concedidas às vítimas da ditadura argentina, ocorrida no período de 1976 a 1983.

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A decisão surge em resposta a denúncias sobre irregularidades no tratamento ou no pagamento dessas indenizações, que foram trazidas à luz pública.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira (22), a pasta da justiça afirmou que todas as solicitações feitas sob as leis de reparação serão submetidas a uma “revisão abrangente”.

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"Desde o Ministério da Justiça, ordenamos a realização de uma auditoria abrangente de todos os pedidos feitos no âmbito das leis de reparação patrimonial para vítimas do terrorismo de Estado”, disse o ministro da Justiça do país sul-americano, Mariano Cúneo Libarona no X (antigo Twiter).

Segundo o ministro, existem atualmente mais de 100 casos envolvendo essas indenizações que estão sob suspeita de fraude.

Diversos processos judiciais já chegaram a expor esquemas de fraude nessas indenizações, incluindo um caso notório de 2023 em que cinco pessoas foram acusadas de formar uma organização criminosa para usar documentos e testemunhos falsos com o objetivo de obter compensações indevidas.

A vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, expressou apoio à auditoria em suas redes sociais, chamando-a de necessária para “auditar o esquema dos direitos humanos” e “revisar as milionárias indenizações que se deram”.

Villarruel lembrou que Milei defendeu uma profunda investigação na área durante a campanha presidencial e criticou o uso político das compensações.

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