O presidente dos EUA, Joe Biden, colocou o aborto como centro de sua campanha para novembro| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH
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Pesquisas eleitorais recentes mostram que o presidente americano, Joe Biden, está perdendo apoio do eleitorado jovem, uma força que foi essencial para garantir sua apertada vitória contra Donald Trump em 2020.

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Boa parte dessa insatisfação surge em decorrência do posicionamento do democrata a favor de Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, situação que tem colocado em xeque o apoio desse público historicamente favorável ao Partido Democrata nas urnas em novembro. Com isso, a campanha de reeleição de Biden tem se voltado para outras duas pautas importantes na tentativa de "segurar" os votos dos mais jovens: o acesso ao aborto e à maconha.

No início do mês, a emissora americana CBS divulgou que a campanha do democrata investiu mais de US$ 1 milhão no lançamento de anúncios focados na defesa do aborto, tentando vincular as crescentes restrições dos estados ao ex-presidente Donald Trump.

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Mas essa centralidade na política da Casa Branca não é uma questão nova. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, tem realizado uma turnê pelo país desde o início do ano para defender a pauta abortista, como parte da campanha de reeleição. Inclusive, em uma dessas viagens, deixou claro que o acesso generalizado ao aborto é dos principais objetivos da gestão Biden ao realizar um ato inédito na Casa Branca: Harris se tornou a primeira no cargo a visitar uma clínica de interrupção de gravidez em Minnesota.

O episódio mais recente do governo Biden nesse sentido aconteceu na semana passada, quando Harris participou de um comício no condado de Montgomery, perto da Filadélfia, onde voltou a defender a interrupção da gravidez como uma "questão de saúde pública".

Dias antes, ela visitou a Flórida, data na qual entrou em vigor uma restrição ainda maior do aborto no estado governado pelo republicano Ron Densatis. No local, a vice de Biden afirmou que acredita que "nenhum político deveria jamais se colocar entre uma mulher e um médico".

Durante os comícios de campanha, a gestão Biden-Harris tem relacionado a proibição do aborto no país ao ex-presidente e atual candidato republicano Donald Trump, a quem acusam de contribuir cada vez mais para a restrição.

Além do aborto, a administração Biden também busca angariar votos dos eleitores jovens com o afrouxamento da regulamentação federal sobre a maconha, anunciada no mês passado pela Administração Antidrogas (DEA).

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Segundo comunicado pela agência federal em 30 de abril, a Casa Branca quer reclassificar o entorpecente como uma droga "menos perigosa". Com a mudança, a maconha deixaria de ser considerada uma droga de Classe I, categoria onde hoje está junto com a heroína e o LSD, e passaria à Classe III, junto com a ketamina e alguns esteroides anabolizantes, seguindo uma recomendação do Departamento Federal de Saúde e Serviços Humanos.

O uso recreativo da droga não seria seria autorizado pelo governo federal, mas sim os usos medicinais da cannabis, além do entorpecente passar a ser reconhecido como tendo menos potencial de consumo abusivo do que outras drogas. Ao todo, 24 estados já permitem o uso de maconha.

Uma série de pesquisas publicadas nesta segunda-feira (13) pelo jornal The New York Times aponta para uma vitória do ex-presidente americano Donald Trump em cinco dos seis estados-chave, em meio à insatisfação dos eleitores democratas com a economia e a guerra no Oriente Médio.

As projeções sugerem que a força de Trump entre os eleitores jovens e não brancos cresceu no mapa eleitoral, com o republicano conseguindo uma vantagem significativa nos estados do Arizona, Geórgia e Nevada.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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