Uma orquestra pôde ser ouvida, nesta quinta-feira (5), em meio ao caos e à destruição da cidade síria de Palmira. O concerto, chamado de “Com uma prece por Palmira”, foi feito em meio às históricas ruínas pela orquestra do Teatro Mariinsky, de São Petersburgo, no que pareceu uma tentativa do governo russo de “ganhar mentes e corações” e lembrar ao mundo seu papel na retomada da cidade.
Em março, a cidade foi reconquistada pelo governo sírio com ajuda de bombardeios russos, após dez meses sob domínio do Estado Islâmico.
A regência do inusitado evento cultural coube ao maestro Valery Gergiev, próximo do presidente Vladimir Putin. Na abertura do concerto, Gergiev disse que o evento é uma forma de “protestar contra os bárbaros que destruíram monumentos da cultura mundial.”
Por meio de um vídeo, Putin falou à plateia, formada de militares russos e sírios. O presidente afirmou que o concerto é “um sinal de gratidão, memória e esperança”.
“De gratidão por todos aqueles que lutam contra o terrorismo sem poupar a própria vida; de memória por todas as vítimas do terror, sem considerar o lugar e o momento dos crimes contra a humanidade; e esperança não apenas da renovada de Palmira como um bem cultural de toda a humanidade mas também da libertação da civilização moderna desse terrível mal, o terrorismo internacional.”
Em 2008, o maestro Gergiev conduziu a orquestra de Mariinsky em frente ao Parlamento bombardeado da autoproclamada República da Ossétia do Sul, após forças russas derrotaram o exército da Geórgia em uma guerra de curta duração pelo território.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”