A correísta Luisa González e o empresário Daniel Noboa iniciaram oficialmente neste domingo (24) a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais no Equador, marcado para o próximo dia 15 de outubro.
Embora as ações dos dois lados não tenham sido interrompidas desde que foram oficializados como os mais votados no primeiro turno eleitoral, em 20 de agosto, começou oficialmente neste domingo o período de 19 dias de campanha para o segundo e decisivo turno das eleições presidenciais.
González, correligionária do ex-presidente de esquerda Rafael Correa (2007-2017), interrompeu suas viagens pelas diferentes regiões do país e permaneceu em sua província natal, Manabí, após as recentes ameaças que afirmou ter recebido.
Noboa, filho do magnata Álvaro Noboa, passou o dia com familiares e amigos na província costeira de Santa Elena, segundo relatou em suas redes sociais.
No entanto, suas organizações políticas têm se movimentado em diversas jurisdições com a promoção de candidaturas que, acima de tudo, tentam atrair o voto dos jovens, o que se traduz na grande atividade que realizam nas mídias sociais.
O movimento Revolução Cidadã (RC), da correísta González, promoveu marchas de grupos de apoiadores por algumas ruas e praças de Quito, tentando angariar o voto dos indecisos, em ações que foram replicadas em outras cidades do país.
O movimento Ação Democrática Nacional (ADN), de Noboa, também realizou uma mobilização de apoiadores na cidade de Cuenca, no sul dos Andes, onde iniciou oficialmente sua campanha. A programação incluía uma campanha de visita aos eleitores “de porta em porta”, combinada com uma caravana de carros por algumas ruas da cidade.
A campanha eleitoral decorrerá até 12 de outubro, três dias antes da votação que será realizada no dia 15 de outubro em todo o país e nos distritos eleitorais no exterior.
Um dos marcos da campanha será o debate entre González e Noboa agendado para 1º de outubro, quando terão a oportunidade de apresentar em rede nacional suas propostas sobre economia, segurança, sociedade e política a todo o país.
Pouco mais de 13 milhões de equatorianos estão convocados às urnas no próximo domingo para eleger o novo presidente que completará o mandato (2021-2025) do atual governante, o conservador Guillermo Lasso.
O atual processo eleitoral no Equador é extraordinário e deve-se a uma decisão de Lasso que, no último mês de maio, invocou o mecanismo constitucional denominado "morte cruzada", por meio do qual dissolveu o Parlamento e reduziu seu mandato pela metade.
Lasso aplicou este recurso justamente quando o Parlamento se preparava para votar seu impeachment no âmbito de um julgamento político em que foi acusado de desvio de dinheiro público.
Violência no Equador
As eleições de 20 de agosto no Equador foram marcadas por uma onda de violência contra políticos no país, entre eles o presidenciável Fernando Villavicencio, que foi assassinado a tiros após sair de um comício, em Quito.
No início deste mês, o Equador também enfrentou uma série de ataques com explosão de carros-bomba e granadas nas ruas da capital equatoriana, em meio à guerra do narcotráfico dentro de presídios. (Com informações da Agência EFE)
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