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A ditadura da Venezuela, liderada por Nicolás Maduro, busca anexar 70% do território da Guiana
A ditadura da Venezuela, liderada por Nicolás Maduro, busca anexar 70% do território da Guiana| Foto: EFE/Rayner Peña

Pela primeira vez desde a realização do referendo na Venezuela, no último domingo (3), o ditador Nicolás Maduro se manifestou adotando um tom mais brando em relação à escalada do conflito sobre Essequibo, área rica em petróleo e outros recursos naturais, alvo de disputas com a Guiana.

Neste sábado (9), o líder chavista afirmou em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) que os dois países precisam "sentar e conversar" sobre a soberania do território. "A Guiana e a ExxonMobil - empresa americana que explora petróleo na região - terão que sentar e conversar conosco, o Governo da República Bolivariana da Venezuela. De coração e alma, queremos Paz e compreensão (...)", disse o ditador.

Em outra publicação, Maduro declarou que Caracas "opta pelo diálogo direto com a Guiana, mas as suas autoridades revogaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir o nosso mar, ameaçando construir uma base militar para o Comando Sul dos EUA. [Mas eles] Não contavam com a nossa astúcia, o Povo saiu em defesa da Guiana Essequiba. Não poderão ignorar a vontade soberana da Venezuela!", afirmou, em referência à realização do referendo no domingo (3), criticado pela oposição por falta de participação popular.

O tom mais brando do ditador venezuelano surge após ele ter divulgado na quarta-feira (6) um "novo mapa" do país com a incorporação da área disputada com a Guiana. O anúncio foi feito durante um pronunciamento público diante de governadores, prefeitos, ministros, diplomatas e outras autoridades.

Depois do episódio, os EUA iniciaram exercícios militares conjuntos com o Exército da Guiana na área. O primeiro movimento militar do governo de Joe Biden na região foi apresentada pela Embaixada americana como "parte de operações de rotina entre os dois países para melhorar a segurança local".

O ditador venezuelano ainda enviou uma mensagem direcionada à Casa Branca, em seu programa na televisão estatal, nesta semana, dizendo para os EUA não se envolverem na disputa de Essequibo. “Estados Unidos, eu aconselho que fiquem longe daqui. Deixem que a Guiana e a Venezuela resolvam este assunto em paz”, afirmou o líder do regime chavista, na ocasião.

Conversa com Lula

Ainda na manhã deste sábado (9), o ditador Nicolás Maduro teve uma conversa com Lula por telefone, para tratar sobre o aumento das tensões entre os dois países envolvidos na disputa territorial. A informação foi divulgada pelo governo brasileiro. “Lula recordou a longa tradição de diálogo na América Latina e que somos uma região de paz”, comunicou o governo federal, por meio de uma nota pública à imprensa.

O petista também destacou que discorda de qualquer ação unilateral que possa provocar uma escalada do conflito entre a Guiana e a Venezuela ou que possa atingir mais países da região.

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