O congelamento de preço do combustível na Argentina, medida aplicada pelo ministro da Economia, Sergio Massa, em agosto, teve o prazo expirado nesta terça-feira (31) e, para hoje (1º), um aumento é esperado em todo o país.
Desde a semana passada, o governo enfrenta uma nova crise em relação à falta de combustível, que causou a formação de grandes filas de carros e motos nos postos e foi alvo de crítica de seus principais adversários políticos: o libertário Javier Milei e Patricia Bullrich.
Na rede social X, Milei, que disputa o segundo turno eleitoral com Massa, afirmou que “a escassez e a inflação são consequências diretas do modelo da casta [política] que defende este governo de delinquentes encabeçado pelo ministro”.
Já Patricia Bullrich, candidata de centro-direita que foi a terceira colocada no primeiro turno e que anunciou apoio ao libertário na segunda votação, publicou fotos de filas em postos no X e culpou Massa “pelo declínio argentino”.
Fontes oficiais confirmaram ao jornal argentino Clarín que um aumento no preço da gasolina está programado para esta quarta-feira (1º).
Segundo a imprensa local, o "congelamento" do combustível foi parcialmente cumprido pelo governo, visto que tanto as empresas privadas do setor quanto a YPF aplicaram aumentos diferenciados de 2% a 3%.
Ainda segundo o Clarín, preços maiores foram observados em postos do interior do país.
O Ministério da Energia não detalhou os números exatos do aumento até terça-feira (31), no entanto revelou que será "na casa de um dígito", em consonância com os últimos aumentos do regime de Preços Justos, que rondaram os 5%.
O governo não descartou que o reajuste possa ser superior a esse número e se aproximar de 10%.
O ministro Sergio Massa se reunirá nesta quarta-feira (1º) com representantes das petroleiras.
O preço dos combustíveis na Argentina já sofreu alteração de aproximadamente 60% até outubro, diante da inflação que chega a quase 140%.