Dois trens colidiram na ilha de Córsega, na França, e deixou ao menos 30 pessoas, segundo informou a rede de televisão LCI nesta quarta-feira (21).
A direção ferroviária nacional (SNCF) havia comentado mais cedo, ainda nesta quarta, que havia suspeita de sabotagens em algumas linhas no oitavo dia da greve nos transportes que atinge todo o país.
A SNCF denunciou "uma ação coordenada de sabotagem" nas redes de alta velocidade do Leste, Atlântico, Norte e Sudeste, "destinada a impedir a retomada observada do tráfego".
Numa dessas supostas sabotagens, um incêndio muito importante nos cabos da rede de sinalização provocou danos de 30 km na linha Atlântica, segundo a denúncia.
A ação foi condenada pelo principal sindicato organizador da greve, a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
O secretário-geral da filial ferroviária do sindicato CGT, Didier Le Reste, denunciou essas sabotagens, que definiu como "atos inqualificáveis e cometidos por covardes", em entrevista para a agência de notícias France Presse.
Numa dessas sabotagens, um incêndio muito importante nos cabos da rede de sinalização provocou danos de 30 km na linha Atlântica, segundo a denúncia.
As negociações começam um dia depois que os funcionários públicos se uniram à greve dos trabalhadores do setor do transporte para protestar contra a reforma do regime especial de aposentadorias promovido pelo presidente Nicolas Sarkozy.
Esta quarta-feira pode marcar uma trégua no protesto contra a reforma dos regimes especiais de previdência. A SNCF e a RATP podem abrir negociações, na presença de representantes do Governo.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, manteve na terça-feira a sua determinação de promover a reforma. Ele afirmou que não haverá mudanças no ponto fundamental, o aumento do período de contribuição que dá direito a aposentadoria integral, de 37,5 anos para 40.
Sarkozy, no entanto, insistiu numa abertura, afirmando que há pontos negociáveis.
A presidente da SNCF, Anne-Marie Idrac, disse que não será radical nas conversas. Mas também não chegará a ser "irresponsável" até o ponto de "pôr em perigo" a empresa.
Já a presidente da patronal francesa Medef, Laurence Parisot, considerou a greve nos transportes uma "catástrofe" e um "terremoto" que terá um custo econômico "provavelmente gigantesco".
Segundo uma enquete publicada nesta quarta-feira (21), 68% dos franceses consideram a greve injustificada e 69% querem que o governo se mantenha firme.