Medidas rígidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 na China ao longo de três anos.| Foto: EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI
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Diante de fortes manifestações, a China afrouxou as restrições severas da sua política sanitária contra a Covid-19. Entre as principais mudanças, segundo os novos documentos oficiais, “pessoas infectadas assintomáticas e casos leves que podem ser isolados em casa". Até então, essas pessoas eram enviadas para centros de quarentena onde geralmente não recebiam tratamento, mas eram isoladas do resto da população.

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Além disso, o país reduzirá a frequência das testagens, segundo anunciou a comissão responsável. Até agora, os residentes tinham de apresentar testes realizados no prazo de 48 ou 72 horas para entrar na maioria dos locais públicos. Uma reunião com um responsável político, mesmo de escalão inferior, por vezes tinha de ser precedida de três provas realizadas nos três dias anteriores.

Os testes em larga escala serão realizados apenas em "escolas, hospitais, asilos e locais de trabalho de alto risco". Antes dessa decisão, cidades testavam sistematicamente a população mesmo que existisse um único caso da doença, formando filas intermináveis.

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Há um mês, multiplicam-se as manifestações em várias cidades do país ou nas instalações da Foxconn, subempreiteira da Apple, contra a política excessiva que durou três anos no país. Pessoas doentes impossibilitadas de ir ao hospital, mulheres em trabalho de parto impedidas de chegar a uma maternidade ou os moradores de um prédio em chamas que morreram porque as portas estavam trancadas: os abusos da política da Covid Zero foram cada vez mais divulgadas e criticadas, apesar da censura, nas redes sociais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]