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Desde o final de julho, o Equador enfrenta um  estado de exceção pelo crescimento da violência associado ao narcotráfico
Desde o final de julho, o Equador enfrenta um estado de exceção pelo crescimento da violência associado ao narcotráfico| Foto: EFE/José Jácome

Um novo ataque no Equador chamou a atenção das autoridades de Quito, onde um carro-bomba explodiu na noite desta quarta-feira (30).

De acordo com informações da polícia local, "o veículo explodiu após a ativação de dois cilindros de gás com combustível, um dispositivo de fósforo e outro material semelhante à dinamite", afirmou o diretor de investigações criminais da cidade, Pablo Ramírez.

Os bombeiros conseguiram controlar rapidamente o incêndio e disseram que o episódio não deixou vítimas.

Ainda segundo a polícia, outro caso semelhante foi noticiado na capital equatoriana, mas nada foi confirmado, até o momento. Uma matéria da agência de notícias AFP afirma que seis homens foram presos "a vários quilômetros do local do crime", todos com antecedentes criminais por extorsão, homicídio e roubo.

Em pronunciamento no Twitter, o presidente Guillermo Lasso disse que "a polícia está coletando evidências para determinar se foi um acidente ou ato provocado".

Desde o dia 24 de julho, o Equador vive um estado de exceção provocado por uma onda de violência no sistema carcerário do país, envolvendo facções criminosas rivais ligadas ao narcotráfico, com registro de milhares de mortes.

Assassinato de políticos

Antes das eleições presidenciais que aconteceram no dia 20 de agosto, um dos candidatos, Fernando Villavicencio Valencia, foi assassinado em Quito.

O postulante do movimento de centro-direita Construye foi morto a tiros após um comício realizado no ginásio de um colégio na capital equatoriana. Dias antes da morte, Villavicencio havia denunciado que recebeu ameaças do líder do cartel Los Choneros.

Pedro Briones, um dirigente partidário do Revolución Ciudadana, do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), também foi assassinado a tiros em sua residência no dia 14 de agosto, na cidade de Esmeraldas.

Em 16 de julho, outro atentado a tiros já havia tirado a vida de Rider Sánchez Valencia, candidato à Assembleia Nacional pela aliança "Actuemos".

Um dia depois do assassinato de Villavicencio, em Quito, Estefany Puente, candidata a suplente da Assembleia Nacional, afirmou que foi vítima de um atentado a tiros em Quevedo, na província de Los Ríos.

2º turno eleitoral

As eleições presidenciais no Equador serão decididas em um 2º turno, marcado para o dia 15 de outubro.

Na data, disputam o cargo a correísta Luisa González, do movimento Revolução Cidadã, do ex-presidente de esquerda Rafael Correa (2007-2017), e o empresário Daniel Noboa, da coalizão oposicionista Ação Democrática Nacional (ADN), composta pelos partidos Povo, Igualdade e Democracia (PID) e Movimento Verde, Ético, Revolucionário e Democrático (Mover), ambos de centro-esquerda.

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