o novo primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, no palácio presidencial na capital Beirute após anúncio da formação de um novo governo| Foto: Dalati and Nohra / AFP
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A presidência do Líbano anunciou a formação de um novo governo no país nesta terça-feira (21), colocando fim a um impasse que durava meses. Uma série de protestos levou o primeiro-ministro anterior, Saad Al Hariri, a renunciar em outubro passado, deixando um vácuo de poder.

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O novo governo deverá enfrentar uma grave crise econômica, descrita como a pior do país em décadas. O primeiro-ministro Hassan Diab, professor na Universidade Americana de Beirute, comanda agora um gabinete de 20 membros, dois deles do Hezbollah.

"Eu fui nomeado diante de muitas acusações. Eu queria trabalhar, não discutir. Eu agi de acordo com a lei que me informava para formar um governo. Eu segui as regras e regulamentos para formar uma nova equipe de ministros", disse ele, após o anúncio do gabinete no palácio presidencial, segundo a Al Jazeera.

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O anúncio não deve satisfazer os manifestantes, que há meses protestam contra a corrupção e a precariedade dos serviços e exigem profundas reformas políticas, com um governo formado por tecnocratas independentes.

Após o anúncio do novo governo, milhares de manifestantes foram às ruas de várias cidades do país participar de novos protestos. Os protestos têm sido pacíficos em sua maioria, mas no final de semana passado houve confronto entre a polícia e manifestantes; mais de 540 pessoas ficaram feridas dos dois lados.

Manifestante queima pneus na rodovia entre Beirute e a cidade costeira de Byblos, em protesto contra o governo recém-anunciado, 21 de janeiro de 2020
Confronto entre manifestantes e o exército libanês na cidade costeira de Tripoli, ao norte de Beirute, em protesto contra o governo recém-anunciado, 21 de janeiro de 2020