Uma explosão na Síria nesta quarta-feira (16) reivindicada pelo Estado Islâmico resultou na morte de soldados americanos, segundo um porta-voz da coalizão liderada pelos Estados Unidos no país para combater o grupo extremista.
Ao todo, 16 pessoas morreram no atentado, afirma o grupo britânico Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora o conflito no país.
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O número de soldados americanos mortos não foi revelado, mas o Departamento de Defesa citou "múltiplas mortes".
Fontes ouvidas pelo jornal The Wall Street Journal dizem que três soldados do país foram mortos na ação.
O episódio acontece em meio à retirada de 2.000 militares da Síria, anunciada após o presidente Donald Trump afirmar que derrotou o grupo extremista. Na última sexta (11), tropas e os primeiros equipamentos militares americanos teriam sido retirados da Síria.
A explosão aconteceu na cidade de Manjib, norte da Síria. Segundo o observatório, um homem-bomba detonou os explosivos do lado de fora de um restaurante frequentado por soldados.
Em rede social, a central de combate ao Estados Islâmico em Bagdá afirmou que membros do serviço americano foram mortos durante uma explosão enquanto faziam uma patrulha de rotina.
Em nota, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que o presidente foi informado sobre o ataque e que vai continuar a monitorar a situação na Síria.
O Estado Islâmico divulgou comunicado afirmando que o ataque tinha como alvo a patrulha da coalizão e que havia matado ou ferido nove soldados americanos.
Antes do ataque desta quarta, outros dois americanos haviam morrido em combate na Síria desde que o primeiro contingente dos EUA chegou ao país, em 2015.
A retirada das tropas da Síria enfrenta oposição no Pentágono, com autoridades afirmando que representaria uma traição aos aliados curdos que combateram ao lado dos EUA na Síria. Eles estariam sob ameaça de uma ofensiva militar da Turquia.
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Por discordar da decisão, o ex-secretário de Defesa Jim Mattis renunciou ao cargo, afirmando que suas visões não estavam alinhadas com as do republicano. Inicialmente, ele ficaria na posição até o final de fevereiro, mas Trump decidiu antecipar a saída do ex-aliado e anunciou que, a partir de janeiro, ele seria substituído por Patrick Shanahan, interino.
O governo planeja ainda a retirada de cerca de 7.000 soldados americanos no Afeganistão, metade dos cerca de 14 mil que estão no país.