O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido pediu nesta quinta-feira (19) aos seus cidadãos presentes no Líbano que deixem o país o mais rápido possível em voos comerciais "enquanto estiverem disponíveis".
O titular da pasta de Relações Exteriores britânica, David Lammy, alertou que “a situação pode deteriorar-se rapidamente”, depois de o líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, ter acusado Israel de ultrapassar “todos os limites” com a detonação de dispositivos de comunicação que matou 37 pessoas. Israel não assumiu autoria pelo ato.
Nesta quinta, o Exército israelense também bombardeou diferentes alvos do Hezbollah no sul do Líbano, aumentando a incerteza sobre se isto é um prelúdio para uma guerra aberta.
Lammy conversou por telefone com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, a quem transmitiu sua "preocupação com a crescente tensão e a morte de civis", segundo relatou em sua conta na rede social X, informou a Agência EFE.
"Conversamos sobre a necessidade de uma solução negociada para restaurar a estabilidade e a segurança ao longo da Linha Azul", declarou o ministro, em referência ao limite delineado pela ONU para separar o Líbano de Israel.
Paralelamente, a chancelaria britânica atualizou em seu site as recomendações de viagens ao Líbano, que são aquelas tomadas como referência pelas seguradoras britânicas.
No portal, o Ministério das Relações Exteriores “desaconselha todos os tipos de viagens ao Líbano devido aos riscos associados ao conflito em curso entre Israel, o Hezbollah libanês e outros atores não estatais” no país árabe.
“Se você está atualmente no Líbano, pedimos que saia enquanto as opções comerciais seguem disponíveis”, aconselhou o comunicado no site.
"A tensão é elevada e os acontecimentos podem se intensificar sem aviso prévio, o que pode afetar ou limitar as rotas de saída do Líbano", alertou a pasta chefiada por Lammy.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido britânico frisou ainda que os seguros de viagem poderiam perder vigência em casos de deslocamentos contra as recomendações e que “o apoio consular também será muito limitado”.