Cerca de mil escolas voltaram a abrir nesta segunda-feira no sul da Tailândia, após o fechamento na quinta-feira passada perante o aumento dos ataques e assassinatos contra professores por parte dos independentistas muçulmanos.
O Exército se comprometeu a aumentar a segurança aos professores e nas províncias de Pattani, Yala e Narathiwat, onde mais de 5.300 pessoas morreram desde que o movimento de libertação islâmico retomou as armas em 2004.
"Esperemos para ver se as medidas de segurança podem proteger as vidas dos professores", declarou o presidente do Centro de Administração das Províncias Fronteiriças, Boonsom Thongsriprai.
Pelo menos 157 professores, em sua maioria budistas, morreram desde que os rebeldes reiniciaram a luta armada há oito anos.
Professores e alunos são escoltados por soldados na entrada e na saída das aulas, mas o sentimento de insegurança é alto, sobretudo depois que um dos ataques foi realizado por insurgentes disfarçados com uniformes do Exército.
A ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou os rebeldes muçulmanos, aos quais pediu para frear as execuções de professores que qualificou de "depravadas e faltas de humanidade".
Os ataques, que não costumam ser reivindicados por nenhum grupo concretamente, são dirigidos na maioria das vezes contra supostos informantes e professores, aos quais os insurgentes acusam de impor a cultura budista e tailandesa nas províncias de maioria muçulmana.