Governo Macron vive crise desde que os resultados eleitorais de julho enfraqueceram o apoio a seu bloco| Foto: EFE/EPA/LUDOVIC MARIN / POOL MAXPPP OUT
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O presidente da França, Emmanuel Macron, reúne-se nesta terça-feira (10) no Palácio do Eliseu com os líderes dos principais partidos do país - exceto os da direita nacionalista e da esquerda radical - com o objetivo de formar um governo que dure pelo menos 10 meses.

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Perante a grave crise política francesa - com um governo interino há quase uma semana após a moção de censura ao primeiro-ministro conservador Michel Barnier -, Macron quer colocar ao redor da mesma mesa as forças que considera ser do "arco republicano" para conseguir um Executivo que sobreviva a uma nova moção de censura.

Em uma Assembleia Nacional irreconciliável dividida em três blocos (esquerda, macronistas e direita nacionalista), o presidente francês quer atrair os deputados que lhe são leais (166), além de 66 socialistas, 47 conservadores, 38 ambientalistas, 21 regionalistas e 17 comunistas.

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O objetivo é conseguir nomear um primeiro-ministro que possa resistir na Assembleia pelo menos até meados do verão europeu, altura em que constitucionalmente poderão ser realizadas novas eleições legislativas.

Nem o direitista Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen e seus aliados (140 deputados) nem a esquerda radical do A França Insubmissa (LFI, 71 assentos) estarão na reunião sobre o “pacto de interesse geral”.

“São métodos de elegância zero e de falta de respeito pelos nossos 11 milhões de eleitores”, declarou à  emissora BFMTV Jordan Bardella, sucessor de Le Pen e presidente do RN.

Os esquerdistas de Jean-Luc Mélenchon, por sua vez, excluíram-se destas conversas, o que prejudicou a relação com dois dos seus aliados da Nova Frente Popular (NFP): os socialistas e os comunistas, abertos a acordos com o centro macronista e a direita.

Os outros membros dessa coligação, os ambientalistas, descartaram a possibilidade de entrar em um governo que inclua os macronistas ou os conservadores do partido Os Republicanos (LR).

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Embora os verdes estejam excluídos deste pacto de “interesse geral”, um acordo que incluísse os macronistas, os socialistas, os conservadores, os regionalistas e os comunistas seria matematicamente possível. No total, teria 310 apoios, acima dos 289 que marcam a maioria absoluta.

No entanto, sem os verdes, o pacto poderia enfraquecer eleitoralmente o Partido Socialista.